
Foto: Ivan Teixeira
Foi preso na manhã de ontem (27) o homem acusado de matar a facadas a companheira em Magé. Agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) encontraram José Vandeilton da Silva, de 47 anos, em um barraco na mata da Região Serrana do Rio. O crime ocorreu em agosto desse ano na casa do casal, onde Carla Gonçalves foi assassinada na frente da filha de apenas seis anos.
Seis agentes da especializada participaram da operação que resultou na prisão de José. Com o acusado foi apreendida uma faca que passará por perícia para saber se é a arma do crime. “Ele desferiu vários golpes na vítima. A mãe dela, que é deficiente visual, também estava no momento. A mulher tentou fugir, mesmo ferida, e correu para um riacho, mas ele foi atrás e continuou o ataque”, contou o delegado titular da DHBF, Giniton Lages.
Segundo as investigações da especializada, o casal estava junto há mais de um ano, entretanto a união não era oficializada. “Testemunhas relataram que as agressões verbais e físicas do suspeito contra a vítima eram frequentes, mas nunca foram registradas na delegacia”, disse Lages. Ainda conforme o delegado, o registro de ataques físicos é muito importante. “As agressões precisam ser registradas. A maioria dos casos mostra que a mulher não procura a delegacia. Precisamos desmistificar a ideia que a polícia não age em casos de violência contra a mulher”,ressaltou Lages.
Uma ex-companheira, que viveu com José por 20 anos, contou para a polícia que também sofreu com agressões, entretanto a mulher não denunciou a violência doméstica contra ele. “Em casos como este, o autor volta a agir, por isso, é importante que a mulher denuncie”, disse Lages.
Segundo o delegado responsável pela investigação, Brenno Carnevalle, José estava foragido da Justiça desde 2013 por um outro homicídio, ocorrido em Rio das Ostras, na Região dos Lagos. “Contra ele há outros dez mandados de prisão, cinco por roubo, quatro por receptação, um por porte ilegal de arma de fogo e pelo homicídio em Rio das Ostras”, informou Canevalle. O acusado será enquadrado por feminicidio, um homicídio qualificado contra mulheres e pode pegar a pena máxima de até 30 anos de prisão.
Por: Gabriele Souza (gabriele.souza@jornalhoje.inf.br)