Raça e Tradição na final do Iguaçuano

No domingo (15), aconteceram as semifinais de volta do Campeonato Iguaçuano de Futebol Primeira Divisão deste ano, promovido pela Liga de Desportos de Nova Iguaçu com apoio da prefeitura da Cidade. Confirmando a vantagem de jogar por dois resultados iguais, Raça e Tradição avançaram e farão a final no próximo dia 29, no estádio Severino Pereira, do Cabuçu, em horário ainda a ser definido pela LDNI. Para levantar o caneco, as duas equipes precisarão vencer. Se o empate for o resultado após o tempo normal, o campeão será conhecido nos pênaltis.
“Ainda nesta semana divulgaremos a programação festiva da grande decisão do campeonato”, disse o presidente da liga, Luiz Carlos Pina, com ar de suspense.
Após empate na peleja de ida (1 a 1), deu Raça sobre o Aymoré, por 3 a 0, no Estádio Joel Pereira, do Miguel Couto. Calói, duas vezes, e Rodrigão, garantiram o time de Vila de Cava em sua primeira disputa de título na Primeirona.

No Miguelão, o Raça não precisou jogar o fino da bola em uma partida mascada e equilibrada nos primeiros 15 minutos para vencer e avançar à finalíssima. Mostrou disposição tática e soube aproveitar as oportunidades criadas, a partir da primeira bola na rede, aos 25 minutos do primeiro tempo. Calói aproveitou sobra de bola na pequena área e marcou.
Precisando ganhar, o Aymoré acordou e partiu em busca dos gols necessários à classificação. E quase conseguiu o primeiro aos 34 minutos. Luiz Cláudio não foi feliz na conclusão dentro da grande área e a bola foi para fora.
Na volta do intervalo, o alvinegro da Palhada resolveu sair, tentar o que não conseguira na etapa inicial e deu espaços. Numa das jogadas rápidas de contra-ataque, o experiente Robson Silva, ex-Mesquita, chutou forte e rasteiro da meia-lua, o goleiro Jhonni defendeu parcialmente, a bola tocou na trave esquerda e voltou para Calói chutar com a meta vazia. Era o segundo do Raça, aos 12 minutos.
A contusão do avante Luiz Cláudio, a substituição do excelente meia-atacante Marcinho e a expulsão do zagueiro Rodrigo deixaram o Aymoré sem capacidade de reação no período final. Dono das ações, o Raça alugou o meio-campo e não teve dificuldade para sacramentar a vitória nos acréscimos. Rodrigão, que acabara de entrar, ganhou passe com açúcar na área e tocou com o goleiro Jhonni batido no lance.
Boa arbitragem; Calói e Derson
os destaques em campo

O árbitro Eduardo da Silva e seus assistentes, Renato Xavier e Leílson Oliveira, tiveram atuação excelente. Em alguns momentos tensos do confronto souberam administrar e tocar em frente.
Receberam cartão amarelo: Juninho e Lorran (Raça); Rodrigo e Marcinho (Aymoré). Cartão vermelho: Rodrigo (Aymoré).
Após o apito final, Calói, eleito o craque do jogo, e o volante Derson, segundo melhor, receberam prêmios oferecidos pela Danopé Esportes e Max Bag Bolsas, respectivamente.
“Soubemos trabalhar a vantagem fora de casa e hoje, matamos a partida, contra um adversário que deu trabalho”, disse Calói.
Derson, o excelente volante do Aymoré, reconheceu a superioridade do Raça: “Eles têm um bom time. Aproveitaram bem as chances de gol e estão na final. Parabéns”.
>> RAÇA: Baiano, Marcelinho (Dieguinho), Garrafa, Felipe e Tiziu; Vagner (Juninho), Lorran (Sávio), Lauan (Dieguinho) e Miller; Calói (Dida) e Robson Silva (Rodrigão). Técnicos: Wallace Souza e Thiago Deodato.
>> AYMORÉ: Jhonni, Luquinha (Gabriel), Rodrigo, Ronaldo e Juninho; Derson, Marcinho (Katita), Coréia e Wallace; Luiz Cláudio (César) e Dick. Técnico: Rubens Silva.

 
Novo empate coloca Tradição na decisão

A diferença para o jogo de ida entre Tradição e Horizonte é que no domingo (8), a rede não balançou no Joel Pereira. Desta vez, um gol para cada lado no Severino Pereira, fez a alegria da galera rubro-anil do Jardim Palmares, que só precisava empatar.
Mesmo com essa vantagem o Tradição começou melhor e criou boas chances desperdiçadas por Alessandro e Chen. O Horizonte também esteve para marcar através de Cebolinha. Na ótima jogada pela esquerda ele chutou para boa defesa de Vinicius. Logo depois, Jean entrou livre na área e bateu para fora a melhor chance de sua equipe até os trinta minutos de bola rolando.
A rede foi sacudida pela primeira vez, aos 36 minutos, quando o volante Serginho completou boa jogada de ataque e fez o Tradição virar os primeiros 45 minutos em vantagem.
Na segunda etapa, o Horizonte que precisava vencer para ficar com a vaga, teve de sair em busca do gol. Essa ação, abriu espaços para os contra-ataques sempre perigosos do Tradição, quer seja com Wellington Velho ou Rincon, que substituíram Dilsinho e Carlinhos Doze para dar mais velocidade. Nos primeiros movimentos do período, o Horizonte não encontrou espaços devido a forte marcação exercida pelo Tradição da intermediária para trás. Aos 34 minutos, Cebolinha em boa jogada deixou tudo igual (1 a 1), placar que não interessava. O gol deu ânimo ao time do técnico Mauro França, que partiu com tudo em busca da virada. Bem posicionado e taticamente mais disciplinado, o Tradição soube administrar e segurar o empate até o apito final.
No apito, Paulo Cesar Geraldo teve boa atuação, o mesmo acontecendo com seus assistentes, Jocelino Henrique de Melo e Luiz Carlos da Conceição.
Receberam cartão amarelo, Serginho, Raí, Chen e Rincon (Tradição); Hugo Deleon (Horizonte).
>> TRADIÇÃO: Vinicius, Dilsinho (Wellington Velho), Leandro, Thiago e Raí; Serginho (Rodrigo), Bruno, Carlinhos Doze (Rincon) e Diogo (Dângelo); Alessandro e Chen. Técnico: Leandro Pulga.
>> HORIZONTE: Thiego, Wesley (Jonas), Emerson, Pelé (Hugo Deleon) e Fabiano Buiu; Bruno Marreta, Alan (Marquinhos), Thiago e Gustavo (Iago); Cebolinha e Jean. Técnico: Mauro França.

Por Jota Carvalho