
Foto: Assimp Meriti/Glaucio Burle
Pela primeira vez, São João de Meriti foi sede da reunião entre coordenadores da Defesa Civil dos municípios da Baixada Fluminense e representantes da Secretaria de Estado de Defesa Civil, realizada na quinta-feira (14). O nivelamento de conhecimento sobre a classificação e codificação brasileira de desastres (Cobrade) foi o tema central do encontro.
O diretor do departamento de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, Paulo Renato Vaz, responsável por conduzir o encontro, teve o cuidado de explicar as diferenças entre desastre, ameaça e risco. Também foi apresentado o documento que define os tipos de desastres existentes e suas categorias (hidrológicos, geológicos, ambientais, humanos, entre outros), bem como o mapa de ameaças múltiplas da Baixada Fluminense.
Paulo Renato falou também sobre a grande incidência das doenças causadas pelo Aedes aegypti, ressaltando que todos precisam estar unidos no combate ao mosquito. “Esse problema com o Aedes aegypti é uma realidade, já virou uma guerra. É uma ameaça já detectada pelos municípios e vamos nos empenhar, contribuindo para combater o causador dessas doenças (dengue, chikungunya e zika)”, explicou Paulo Renato Vaz.
Em dezembro de 2015, o Estado criou uma sala de imunização e controle, situada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), para haver um trabalho em conjunto entre a Defesa Civil e Saúde no combate ao Aedes aegypti. O espaço está aberto para as secretarias municipais responsáveis pelo assunto. No entanto, os municípios estão sendo orientados a criarem salas de imunização e controle para conseguirem fazer o enfrentamento ao mosquito.
“O mapa de ameaças será lançado no dia 20 de julho, quando começa o inverno. Isso significa que, seis meses antes do início do verão, já estaremos com todas as ameaças identificadas para iniciarmos o plano de contingência”, encerrou o diretor do departamento de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, Paulo Renato Vaz.
As reuniões entre coordenadores da Defesa Civil dos municípios da Baixada Fluminense e representantes da Secretaria de Estado de Defesa Civil estão sendo realizadas nas oito Regionais da Defesa Civil, contemplando os 92 municípios do Rio de Janeiro. A intenção é construir um mapa de ameaças múltiplas, que vai contar com banco de dados de 786 ameaças. Com isso, haverá planos de contingência para enfrentar as ameaças.
Meriti não registra mortes por desastres desde 2010
De acordo com o tenente-coronel Alexandre Silveira, subsecretário da pasta em São João de Meriti, o encontro aconteceu em uma data bastante oportuna. “Nesta sexta-feira (15 de abril), é o dia que encerramos o ciclo do atual plano de contingências e poderemos comemorar o fato de não ter ocorrido nenhuma morte por desastre no município, desde 2010. Embora muitas ocorrências tenham acontecido, devido a fortes chuvas, não houve óbito nesse período. A população está mais atenta, aumentamos o número de voluntários e conseguimos envolver todas as secretarias de São João de Meriti nessa causa. Por conta desse trabalho em conjunto, não tivemos nenhuma morte”, contou Alexandre Silveira.
O subsecretário também exaltou a integração entre os municípios da Baixada Fluminense. “O Estado se mobiliza para dar suporte técnico. E esse encontro foi promovido para conhecermos os riscos que são comuns aos municípios da Baixada Fluminense. Assim, vamos conseguir produzir planos de contingência eficazes para a redução de riscos de desastres”, complementou.
Além dos anfitriões de São João de Meriti, representantes da Defesa Civil de outros seis municípios (Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados) estiveram presentes à reunião, que foi realizada no auditório do PAM Abdon Gonçalves (PAM Meriti), na Avenida Presidente Lincoln, s/nº, no bairro Jardim Meriti.