Restos mortais de grávida de sete meses são encontrados em Magé

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A delegada Elen Souto, durante coletiva ontem na Cidade da Polícia, no Jacarezinho
Fotos: Rafael Nascimento / O DIA

Uma história triste e com um final trágico. Assim podemos definir com que aconteceu com a jovem Rayanne Christini, de 22 anos, que estava desparecida há 13 dias, mas a Polícia Civil descobriu que ela e o bebê estão mortos. Ela foi sequestrada no último dia 13, após sair de casa para buscar o enxoval da criança oferecido por Thainá Silva Pinto, 21. Os restos mortais da jovem foram encontrados carbonizados na casa de Thainá, em Magé. Na residência havia muitas marcas de sangue, e a polícia acredita que lá tenham tentado fazer o parto da vítima. Uma faca suja de sangue foi achada no local.
Policiais também encontraram pedaços do vestido e os restos mortais de Rayanne na lixeira da casa. Uma perícia comprovou ainda que ossos femininos foram encontrados no quintal da residência. Thainá e o marido, Fábio Luiz Souza Lima, 27 anos, estão presos, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, acusados do crime. Segundo as investigações da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), ela e o homem tramaram o crime para ficar com o bebê. Thainá usou o nome “Lídia” para se encontrar com a vítima.
De acordo com a Polícia Civil, Rayanne foi levada para a casa de Thainá em Magé, onde foi morta por outras três pessoas no mesmo dia, por volta das 13h. Todos estão com a prisão pedida, mas estão foragidos. Eles vão responder por duplo homicídio e ocultação de cadáver. O corpo da criança ainda não foi encontrado. A Polícia Civil recebeu a informação que Fábio e um parente de Thainá foram vistos deixando a residência com sacos plásticos nas mãos.
A violência do crime chocou até mesmo os policiais da DDPA. “Foi um dos casos mais chocantes tendo em vista a brutalidade do crime. Foi de uma maneira medieval que o crime foi praticado. O parto certamente se deu dentro da casa dela. Uma coisa tosca, uma mente doentia”, comentou a delegada Elen Souto, durante coletiva ontem na Cidade da Polícia, no Jacarezinho.
“Os envolvidos não demonstraram remorso. Há várias denúncias de que o Fábio teria saído com mochilas de dentro casa de Thainá. Acreditamos que as bolsas foram usadas para ocultar os corpos. A Thainá tinha certeza que a Rayanne estava grávida de oito meses e ia dar à luz a qualquer momento. Ela é fria e dissimulada. Já o Fábio não disse nada sobre o crime. Esse grupo procura por grávidas, preferencialmente de meninas”, disse Ellen.
A especializada analisou mais de 1.500 imagens de câmeras, da Central até Magé, para chegar ao local do crime. A vítima recarregou seu celular no município, o que permitiu aos agentes encontrarem a casa. O corpo está no Instituto Médico-Legal (IML) e será submetido a exame de DNA com material colhido da mãe da vítima. Uma equipe de policiais foi até a casa da mãe de Rayanne informá-la da notícia. A reação foi de desespero, já que ela tinha esperança de encontrar a filha viva.
Rayanne participava de um grupo das redes sociais para ganhar doações e foi assim que conheceu Thainá. As duas se encontraram na Central do Brasil onde a vítima foi vista pela última vez, as câmeras de segurança do local flagraram o momento. As duas, entretanto, foram de carro à Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
A família da vítima não sabia que ela havia saído para buscar o enxoval. Ela falou apenas para uma amiga que chegou a alertá-la sobre o perigo de se encontrar com uma pessoa desconhecida. Rayanne e Thainá foram reconhecidas por parentes nas imagens.
A vítima deixa uma filha de 3 anos. A Comissão de Direitos Humanos da Alerj vai oferecer acompanhamento psicológico à família.
Na manhã do dia 13 de dezembro, Rayanne levou a filha de 3 anos, à creche. De lá, sozinha, pegou um trem com destino à Central do Brasil para buscar o enxoval para o bebê prometido por Thainá, que exigiu que ela fosse até Magé pegar as roupinhas e fraldas. As duas se conheceram pelo Facebook em um grupo para grávidas onde Thainá fez a oferta. O bebê, que se chamaria Maria Luísa, nasceria entre janeiro e fevereiro.
Às 16h, Rayanne não apareceu para buscar a filha na creche como fazia todos os dias. A família achou estranho e ligou para o celular da jovem, que estava desligado.
Desesperados, parentes decidiram registrar o desaparecimento na polícia. Na ocasisão, para ajudar nas buscas, a Polícia Civil disponibilizou um cartaz com o rosto da mulher e telefones para contato.

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