Um dos maiores desafios do governo do prefeito Carlos Moraes é reduzir drasticamente os índices de analfabetismo e melhorar o desempenho dos alunos da rede de ensino de Japeri nos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A afirmação é da secretária de Educação professora Roberta Bailune.
Segundo ela, a situação era ainda pior, por conta do altíssimo índice de analfabetismo. “Hoje, eu tenho uma nova visão sobre a educação no município. Por isso, a gente começa a fazer uma política diferenciada, de base. Temos que regar a semente que já foi plantada, para que ela cresça forte, saudável e dê frutos”.
Para Roberta Bailune, a qualificação do professor, a valorização da carreia do magistério e a parceria família e escola são alguns dos quesitos que mais impactam no sucesso de um aluno.
“Não há dúvidas de que o papel do professor é determinante para o bom desempenho escolar dos alunos, embora outros fatores – como escolaridade dos pais, infraestrutura escolar, acesso a materiais didáticos etc – influenciem a aprendizagem”, explicou.
Ainda de acordo com Roberta Bailune, a Secretaria de Educação vai inovar o setor pedagógico, criando coordenações para a Educação Infantil, Alfabetização, 1º e 2º segmentos do Ensino Fundamental.
A Secretaria de Educação de Japeri vai implantar ainda este ano o Projeto “Escola para todos”. A ideia é levar a comunidade para dentro das escolas da rede de ensino do município, oferecendo atividades culturais, de lazer e reuniões periódicas.
“A gente quer que a comunidade tenha um bom relacionamento com os gestores de cada escola. Vamos também reformular os Conselhos Escolares, intensificando a participação de pais de alunos e representantes da sociedade”, anunciou.
A Secretaria de Educação tem ainda projetos de reforma e ampliação das unidades de ensino, bem como a construção de mais dez novas escolas e creches, até o fim do governo.
Casa do Educador
Com mais de 20 anos no magistério, 13 dos quais em salas de aula, Roberta Bailune prometeu investir todos os esforços no que chamou de “sensibilização” do professor e dos profissionais da educação.
“Eles precisam de carinho, de afeto, de formação continuada, com jornadas pedagógicas e vamos trabalhar em cima da conscientização do professor, de forma que tenhamos uma educação que transforme realmente a sociedade. É através da educação que a gente pode melhorar a nossa condição de vida, afetar de forma positiva a nossa família, criando uma sociedade mais justa, mais saudável, com oportunidades iguais”, declarou.
A secretária anunciou para breve a implantação do Projeto Casa do Educador, que, segundo ela, vai cuidar da saúde do professor.
“A gente percebe que com o passar do tempo há realmente um desgaste emocional dos profissionais da educação. Por isso, precisamos dar-lhe suporte necessário, com um olhar diferenciado, para que não se sintam esquecidos, mas apoiados, respeitados e tratados com dignidade”, observou.
Preocupada com os reflexos da violência em sala de aula, a professora Roberta Bailune anunciou também que pretende trabalhar com a Guarda Municipal, na ronda escolar, e também retornar com o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), que permite que os policiais militares possam realizar palestras, tendo contato direto com os alunos, fortalecendo a parceria entre família e escola e Polícia Militar.
“O nosso plano é intensificar essa ação, retornando com o Proerd. É o policial militar dentro da escola mostrando e falando para alunos do 5º ao 9º ano sobre a violência nos seus vários aspectos, como as drogas, por exemplo”, disse.
Roberta Bailune frisou ainda que a violência, “infelizmente”, tem assombrado os municípios. “A gente pode observar o mau desempenho no Ideb de escolas localizadas em áreas de risco. Eu atribuo também o baixo desempenho no Ideb à violência e à evasão de alunos dessas escolas”, diagnosticou.
