Cerca de 50 pessoas estiveram no enterro do segurança do fluminense e pré-candidato
Foto: Cleber Junior/Extra
A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) segue investigando o assassinato do segurança Denivaldo da Silva, 41 anos, morto a tiros na saída de um shopping, em Duque de Caxias, na noite de quarta-feira (6). O delegado titular da especializada, Giniton Lages, revelou que os assassinos de Denivaldo tinham técnica e usaram munição restrita das Forças de Segurança.
“Pela violência empregada não há dúvidas de que foi execução. Foram muitos disparos. Eles não estavam nem preocupados se acertariam a criança e a mulher dele. Na imagem está nítido que não usavam capuz porque eles contam com a impunidade”, disse.
Apesar de os criminosos estarem usando o uniforme da Polícia Civil, o delegado ressaltou que ainda não é possível afirmar que eles sejam policiais. “Essas camisas são vendidas e ainda precisamos investigar mais para saber se são verdadeiras ou falsificadas”.
A principal linha de investigação é execução, mas a motivação do crime ainda é desconhecida. Giniton contou que aguarda apoio especializado para poder ouvir a criança que estava no carro.
Um Voyage preto, ano 2009, foi apreendido a 400 metros do local do crime. Uma testemunha disse à polícia ter visto dois homens saindo do veículo, que tinha sido roubado em Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias, horas antes do crime. Agentes da DHBF encontraram um distintivo falso da Polícia Civil dentro do carro. O dono do veículo registrou o roubo na 62ª DP (Imbariê).
O corpo de Denivaldo foi enterrado na manhã desta sexta-feira (8), no Cemitério da Taquara, em Santa Cruz da Serra.
Caça aos políticos na Baixada
Denivaldo da Silva trabalhava como segurança no Centro de Treinamento Vale das Laranjeiras, das Divisões de Base do Fluminense, no distrito de Xerém, em Duque de Caxias. De acordo com informações, ele era pré-candidato a vereador no município. Ele é o 10º pré-candidato a vereador ou vereador com mandato em vigência assassinado desde novembro do ano passado somente na Baixada Fluminense.
A Polícia Civil investiga se as recentes mortes estão interligadas e possuem atuação direta de milícias da região. Os casos recentes ocorreram em Paracambi, Nova Iguaçu e Duque de Caxias, entre outras cidades.
Denivaldo de Xérem, como era conhecido, foi morto na noite de quarta-feira (6) na saída o Caxias Shopping, na Av. Washington Luiz. Um vídeo do circuito de segurança do estabelecimento mostra que ele foi executado por dois homens armados quando deixava o estacionamento do Caxias Shopping. O carro em que ele, a mulher, Andreia Ornelas Claudino, de 30 anos, e o filho, de 8, estavam foi atingido por pelo menos 14 tiros. Andreia também foi baleada e levada para o Hospital de Saracuruna. A criança não sofreu ferimentos. Os homens usavam camisas do uniforme da Polícia Civil.