Servidores fazem protesto contra prefeito de Mesquita

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Manifestantes fizeram caminhada até a prefeitura e gritaram palavras de ordem contra Gelsinho Guerreiro Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
Manifestantes fizeram caminhada até a prefeitura e gritaram palavras de ordem contra Gelsinho Guerreiro
Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje

A paciência dos servidores municipais de Mesquita chegou ao fim. Ontem, mais de 100 funcionários públicos fizeram uma manifestação por conta dos salários atrasados. Profissionais de todas as secretarias alegam estarem três meses sem pagamento e culpam o prefeito Rogelson Sanches Fontoura, o Gelsinho Guerreiro, pela crise. O protesto teve, inclusive, um enterro simbólico do atual chefe do Executivo, derrotado em sua tentativa frustrada de reeleição, em outubro.
Com um caixão e cartazes em mãos, os manifestantes fizeram uma caminhada da Secretaria de Saúde até a sede da Prefeitura de Mesquita, no Centro, acompanhados por duas viaturas da Polícia Militar. Eles tentaram contato com o secretário de Governo e Planejamento, mas foi em vão.
“Desde que o Gelsinho foi derrotado, ele nunca mais apareceu na prefeitura. Tomou chá de sumiço. Então estamos buscando pessoas ligadas a ele para cobrar nossos direitos, mas seus ‘capachos’, como o secretário de Governo, também desapareceram sem nos dar a menor satisfação. São coniventes com toda essa desordem criada pelo prefeito”, gritava nervoso um manifestante.
Uma funcionária da Saúde disse que os servidores pretendem dar início a uma paralisação no setor até que as pendências sejam resolvidas. “Não podemos trabalhar sem receber. Temos contas a pagar”, disse.

Governo manchado por calotes

Gelsinho Guerreiro deixa como legado um governo marcado por polêmicas
Gelsinho Guerreiro deixa como legado um governo marcado por polêmicas

Eleito em 2012 como grande esperança de renovação da política de Mesquita, Gelsinho Guerreiro precisou de apenas quatro anos para jogar no lixo a confiança depositada nele pelos eleitores. E o lixo foi justamente um dos motivos que deram início ao desmoronamento do seu castelo de areia.
Em dezembro de 2015, funcionários da Inova Ambiental foram demitidos e a empresa, que realizava serviços de limpeza e coleta de lixo na cidade, teve seu contrato com a Prefeitura encerrado. Naquela época, Gelsinho já não fazia o repasse do pagamento a Inova Ambiental havia seis meses e a dívida passava dos R$ 4 milhões.
Este foi apenas um dos inúmeros calotes e escândalos do prefeito Gelsinho Guerreiro envolvendo verba que deveria ser destinada para promover melhorias ao povo, mas poucas explicações sobre o destino dado aos recursos. Pouco antes, no dia 6 de outubro, a sede do Poder Executivo ficou às escuras. O motivo, mais uma vez, foi a falta de pagamento. A notícia de que a Prefeitura de Mesquita não pagou as próprias contas virou o assunto do momento e a “culpa” do calote foi uma suposta falha administrativa. A Light, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica, não informou o tempo e o valor das pendências.
Em maio deste ano, mais um escândalo. A Justiça proibiu a Prefeitura de Mesquita de contratar pessoal da Cooperativa de Trabalho Coopsege, principal fornecedora de mão de obra para a administração municipal. A decisão da juíza Alessandra Tufvesson Peixoto também determinou a busca e apreensão do contrato firmado entre as partes e foi tomada com base numa ação popular, que questionava a legalidade da contratação da cooperativa pela administração municipal.
Àquela época, a Prefeitura de Mesquita já havia repassado, desde o início da parceria, quase R$ 200 milhões à Coopsege, R$ 31 milhões somente nos cinco primeiros meses deste ano. A Prefeitura também foi intimada a entregar relação com nome e CPF de todos os funcionários terceirizados cedidos pela cooperativa. A quantia seria suficiente para contratar mais de oito mil funcionários terceirizados, pagando salário mínimo (R$ 880) a cada um.
Tantas polêmicas tiveram como resultado final a derrota nas urnas. Na eleição de outubro, Gelsinho Guerreiro foi derrotado por Jorge Miranda. No dia seguinte ao pleito, Gelsinho exonerou todos os comissionados da prefeitura.

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