
Foto: Ivan Teixeira
Foi preso na madrugada de ontem, Marlon Barreto da Silva, de 19 anos. Ele é suspeito pelo homicídio de José Reinaldo Chaves, de 58, em outubro do ano passado. O crime ocorreu em Queimados, durante uma tentativa de roubo a empresa onde a vítima trabalhava. Marlon foi preso por agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Outros participantes do crime também foram identificados pela polícia.
Segundo o delegado titular da DHBF, Fabio Cardoso, Marlon confessou ter feito dois disparos contra José Reinaldo. A vítima trabalhava em uma loja de ferragem e material de construção na Rua Mesquita, em Queimados. “Por volta das 21h, a vítima, que era um funcionário de confiança, estava fechando o estabelecimento quando foi abordado por eles. Ele teria reagido e foi baleado. A ação não durou nem dez minutos”, contou o delegado. Ainda segundo Cardoso, Marlon contou que queria roubar de R$ 150 mil que estariam no cofre da loja.
Um outro suspeito, identificado apenas como Paizão, está foragido. Com as imagens de segurança obtidas pela polícia, foi possível descobrir que dois homens participaram do crime como olheiros e repassavam as informações para Marlon e Paizão pelo celular. Um dos olheiros, Paulo César Santos, de 37 anos, vulgo Botinho, está preso por roubo em Barra Mansa. Já o outro, seria Juan Rodney da Silva, de 26, e está foragido. “Quem tiver informações sobre o paradeiro do Juan ou do Paizão, peço que entre em contato com o Dique-Denúncia (2253-1177) ou com a DHBF (2777-6923 / 2777-6997)”, pediu o delegado.
Crime executado com frieza

As imagens obtidas pela Divisão de Homicídios mostram que os criminosos agiram com frieza antes da execução da vítima. Outras câmeras de segurança registraram também os passos dos dois homens que atravessam a rua. Nas imagens é possível ver que os suspeitos passaram bem perto da câmera exatamente às 20h27. Minutos depois, eles voltam e sentam numa mesa do bar da esquina. Um olha em direção ao local do crime enquanto o outro fala ao celular. Eles rondam o local, caminham e voltam. Próximo das 21h, eles saem novamente, mas dessa vez para executar o crime.
Por outra câmera, foi possível ver que um deles espera na esquina a saída do último cliente de uma loja de material de construção onde a vítima trabalhava. O segundo homem não aparece nessas imagens, e de acordo com a polícia, ele estaria na porta do estabelecimento esperando o último funcionário sair. É possível ver o último funcionário está saindo, e assim que ele abre a porta, é baleado.
Alvo dos bandidos era outro

A polícia suspeitava que o alvo dos assassinos fosse o dono da loja. A vítima pode ter sido morta por engano ou para intimidar o proprietário. Entretanto, a corporação não descarta outras linhas de investigação.
De acordo com o delegado Fábio Cardoso, quinze dias antes do crime aconteceu um desentendimento no comércio em que ele trabalhava. A vítima ocupava a função de gerente. “O patrão, o dono, teve um desentendimento mais sério, mais grave, envolvendo um loteamento em Queimados. Possivelmente a vítima foi confundida com o patrão ou então o Zé Reinaldo foi morto para intimidar, um tipo de retaliação contra o patrão dele, motivada por essa disputa de loteamentos”, disse o delegado.
Por: Gabriele Souza (gabriele.souza@jornalhoje.inf.br)