Suspeitos de matar jovem durante ritual de magia são presos

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Salvador Almeida Filho, o Badô, é apontado como líder da seita Fotos: Ivan Teixeira
Salvador Almeida Filho, o Badô, é apontado como líder da seita
Fotos: Ivan Teixeira

Uma operação realizada pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prendeu na manhã de sexta-feira (16) nove pessoas acusadas pelo assassinato de um jovem em Duque de Caxias. Batizada de Black Magic, a investigação mostrara que Dener dos Santos Perez, de 20 anos, foi morto durante um ritual de magia negra em setembro desse ano.
Salvador Almeida Filho, conhecido como Badô, de 49 anos, sua companheira Marcília Nogueira da Silva, de 45, e sua sobrinha Laís Cristina Silva, 25, foram presos em casa, no bairro Nossa Senhora das Graças. Segundo o delegado titular da DHBF, Fabio Cardoso, o local era utilizado para a realização dos rituais. Já Evandro Garcia Mattos, 38; Ismael Santos de Souza, 31; Luiz Cláudio Gualberto, 43; Luciano Duarte de Melo, de 39; Jerson Rayanderson Nogueira Júnior, 24; e Juliane Pereira Machado Agostin, também de 24 anos, foram presos em suas residências que ficam próximas ao ‘templo’. As investigações da especializada mostram que Denner havia iniciado na seita há dois meses antes de passar pelo ritual de iniciação com mais seis pessoas.
Segundo Cardoso, durante o processo, Dener foi agredido por diversas pessoas da seita. “Durante o processo, colocaram um capuz encharcado de cachaça na cabeça da vítima que foi agredida por pessoas da seita com pancadas desferidas por madeira, correntes e facas, além da vítima ser queimada com charuto. Dener acabou sendo morto com um “chute de misericórdia”, contou o delegado. Ainda segundo ele, o golpe fatal teria sido dado por Ismael Santos.
De acordo com as investigações, o ritual durou uma noite inteira. Dener foi encontrado morto na manhã do dia 6 de setembro, em Xerém, distrito de Caxias. A vítima foi colocada de barriga para cima com o braço direito abaixo da garganta e o esquerdo abaixo do umbigo, que seria uma posição característica de rituais de magia negra.
“O corpo estava em um terreno baldio, uma região erma, com várias marcas e em uma posição que levava a entender que Dener havia sido vítima de algum ritual. As investigações confirmaram que ele fazia parte de uma seita de magia negra e foi submetido a uma sessão de inicialização que resultou na sua morte”, disse Cardoso.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Brenno Carnevale, os nove presos desta sexta-feira são acusados de homicídio duplamente qualificado, lesão corporal, falso testemunho, coação no curso do processo e fraude processual e podem pegar até 30 anos de cadeia.
“O grupo tentou ludibriar a polícia quando levou o corpo da cena do crime e o deixou na beira da estrada. Eles informaram o desaparecimento de Dener, mesmo sabendo que o rapaz estava morto. Os acusados ainda tentaram coagir as testemunhas para ocultar fatos. Eles vão responder por cinco crimes”, declarou Carnevale.
Com os integrantes da seita foram apreendidas facas, canivetes, bebidas alcoólicas, corrente, algema e uma pistola calibre 8 milímetros.

 

Por: Gabriele Souza (gabriele.souza@jornalhoje.inf.br)

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