
Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
Cinco traficantes foram localizados mortos no Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu, na tarde de ontem. Os criminosos estavam desaparecidos desde a última quarta-feira (18) e seus corpos foram encontrados por parentes que estavam à procura de notícias. Todos os cadáveres estavam com marcas de tiros, a maioria deles na cabeça, marcas de algemas nos punhos e com indícios de que teriam sido torturados antes da execução.
Agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), com o apoio do Corpo de Bombeiro de Nova Iguaçu (4º GBM) e do Quartel Central do Rio de Janeiro e dos Policiais Militares do 20º BPM (Mesquita), iniciaram a operação de busca e resgate dos corpos por volta das 11h30. Na entrada do Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu, na comunidade da Coreia, em Mesquita, eles encontraram um Voyage de cor prata e placa NSQ – 4509, de Santarém, na Paraíba, que consta como roubado. Segundo informações, o veículo era usado pelos criminosos para irem até a entrada do parque, de onde seguiam em motos até a parte de mata mais fechada.

Foto: Ivan Teixeira/Jornal de Hoje
Os corpos foram encontrados a cerca de seis quilômetros de distância da entrada do parque, em uma área de difícil acesso. Os bombeiros tiveram dificuldade para fazer o resgate e precisaram usar cordas para retirar os cadáveres do local. Um dos mortos foi identificado pelo pai, que pediu anonimato, e seria o de Weverthon Carlos Ferreira Teixeira, de 23 anos. “Meu filho trabalhava comigo na confecção de alegorias e adereços de uma escola de samba, mas nós já sabíamos que ele pertencia ao tráfico de drogas da Coreia. Lamento muito o que aconteceu”, disse o pai de Weverthon.
Na entrada da comunidade da Coreia, os policiais encontraram um carro Voyage, cor prata e placa MSQ – 4509, de Santarém, na Paraíba, que consta como roubado. Segundo informações, o veículo era usado pelos criminosos para irem até a entrada do Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu, de onde seguiam em motos até o alto do parque. Os agentes fizeram o caminho que era feito pelos traficantes e encontraram os corpos a seis quilômetros de distância da entrada do parque.
De acordo com o delegado titular da DHBF, Giniton Lages, nenhuma hipótese está descartada. Entre elas, a polícia investiga se a execução foi fruto de uma guerra entre facções rivais que tentam dominar a comunidade onde no último sábado houve um intenso tiroteio.
Os cinco corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal de Nova Iguaçu (IML). Parentes que estiveram no local das buscas já começaram a ser ouvidos na DHBF.