
Foto: Erick Andrade
Em tempos de crise hídrica, vazamentos da Cedae geram desperdício de água potável em municípios da Baixada Fluminense. Em Nova Iguaçu, moradores de uma importante rua de Miguel Couto estavam sem água há pelo menos três semanas. Em denúncia recebida pelo JORNAL DE HOJE, eles relataram que na Estrada do Ambaí, um cano minava água limpa, enquanto na torneira de casa não saía uma gota. Em Belford Roxo, o vazamento de esgoto na porta da companhia de abastecimento ainda não foi reparado.
Por conta do fluxo intenso de veículos pesados, os canos da Companhia Estadual de Águas e Esgotos se rompem. Foi um desses rompimentos que deixou moradores de três ruas de Miguel Couto sem água. “Aqui passa muito carro, ônibus e caminhão. O asfalto cedeu e o cano quebrou”, contou o morador Erick Andrade, de 25 anos, morador da Rua Josefina. De acordo com o jovem, a água que vazava do cano era limpa. “Foram três semanas de água potável minando desse buraco. Um desperdício”, relatou Erick.

Foto: Ivan Teixeira
Além do transtorno causado para os moradores, o cano quebrado na Estrada do Ambaí causou aborrecimentos aos motoristas. “Por causa da água os motoristas não tinham noção da profundidade do buraco. Já presenciei um carro quebrando aqui”, disse o morador Roberto Quintino, de 61 anos. Morando em frente ao buraco, Sued Thome, de 26 anos, estava indignado com o vazamento. “Era um absurdo não ter água em casa e ver essa água limpa saindo desse cano”, lamentou.
Na manhã de ontem, a Cedae realizou reparos no vazamento com a promessa de normalização no abastecimento. “Espero que normalize mesmo. Ficamos muito tempo sem água e eles desperdiçando”, cobrou Erik Andrade.
Nada mudou em Belford Roxo

Foto: Ivan Teixeira
No dia 4 de dezembro de 2015, o Jornal de Hoje noticiou o vazamento de esgoto em frente a sede da Cedae, na Avenida Retiro da Imprensa, em Belford Roxo. Na época, um morador relatou que o vazamento já existia há mais de um ano. Quarenta e seis dias depois, o vazamento continua no mesmo lugar.
Naquele dia, a Cedae informou que enviaria uma equipe no prazo de 24 horas para realizar as devidas obras no local. O JH entrou em contato com a companhia de abastecimento, mas não obteve resposta até o fechamento dessa edição. A Avenida continua sendo alvo de constantes acidentes, e com as chuvas, acaba se tornando um misto de lama e incidentes.
Por: Gabriele Souza (Gabriele.souza@jornalhoje.inf.br)