Vereador iguaçuano causa polêmica em palestra sobre diversidade sexual

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Autor de projeto de lei que revoltou comunidades LGBT o parlamentar defendeu sua posição em evento da Emerj Foto: Davi Boechat/Divulgação
Autor de projeto de lei que revoltou comunidades LGBT o parlamentar defendeu sua posição em evento da Emerj
Foto: Davi Boechat/Divulgação

Na homogênea Câmara de Nova Iguaçu, um vereador de opiniões polêmicas e posicionamentos contundentes tem sido o porta voz do conservadorismo.
Evangélico, Denilson Ambrósio, do PSB, foi destaque no noticiário em fevereiro passado, ao propor projeto de lei que proibia a utilização de material didático sobre diversidade sexual nas escolas municipais.
Aprovado por unanimidade na Câmara, o PL 4.476 dividiu a opinião pública. Em apoio à sanção do projeto, uma comitiva formada por pelo menos cem líderes evangélicos visitou o gabinete do prefeito Nelson Bornier (PMDB), que à época declarou: “Criança nessa idade está na escola para ser alfabetizada, não precisa ser apresentada ao sexo”. Já a demonstração de repúdio aconteceu na casa legislativa. Em uma manifestação convocada pelas redes sociais, militantes do movimento LGBT lotaram as galerias contra o PL.
Bornier cedeu às manifestações contrárias (agravadas pelas denúncias de fraude na licitação da merenda escolar) dias após, propondo um veto parcial ao projeto, acatado em uníssono pelos pares de Ambrósio, que vociferou contra o revés nos pronunciamentos das sessões seguintes.
Três meses após o epicentro da polêmica, o discurso do vereador ganhou uma nova tribuna. Na manhã de ontem, Ambrósio falou para dezenas de pessoas no evento, “A questão do gênero e diversidade sexual nas escolas”, promovido pela Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj). “Levando em consideração as mazelas sociais enfrentadas pelo povo de Nova Iguaçu, digo aos senhores que ensinar sobre diversidade sexual é irrelevante. Minha cidade não tem sequer escolas com estrutura adequada. Faltam até professores para lecionar disciplinas. Muitas de nossas crianças frequentam a escola para realizar a única refeição do dia. Como apresentar essas questões, que por si só são desnecessárias, tendo em vista essa realidade?”, indagou.
O vereador disse ainda que o conteúdo proposto é inadequado para a faixa etária dos alunos que frequentam a rede municipal: “Aos seis anos de idade não se deve falar sobre isso. A decisão do indivíduo virá mais tarde, quando houver condições para que ele opte pelo que quer”, completou.
A desembargadora Ivone Ferreira Caetano, a doutora e professora universitária Maria Luiza Helber, além das professoras Judy Galper e Claudia Travassos dividiram a mesa com o vereador, todas contrárias ao posicionamento defendido por ele.

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