
O Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) do Ministério Público estadual do Rio de Janeiro (MP-RJ) revelou, nesta terça-feira, que vai iniciar este mês uma série de vistorias em batalhões da Polícia Militar do estado. A ideia é verificar especialmente as condições de trabalho dos policiais militares e se as unidades oferecem instalações adequadas. A inspeção nos batalhões é uma exigência do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A medida do MP é semelhante a que foi implantada pelos militares das Forças Armadas.
Desde o início da intervenção federal, o general Mauro Sinott, chefe de gabinete do general Braga Netto, nomeado interventor, tem percorrido batalhões para fazer um diagnóstico das áreas funcionais dos militares.
Em nota, o MP-RJ confirmou que o trabalho começa este mês. Serão visitas técnicas, feitas pela Auditoria Militar. Ainda segundo o órgão, é o terceiro ano que as fiscalizações são realizadas. O ministério lembrou ainda que, à princípio, “não há relação direta com a intervenção federal, muito embora seja a primeira rodada de visitas após o decreto de intervenção”. Em relatórios de vistorias realizadas no ano passado, o MPconstatou falta de equipamentos para os policiais, incluindo fuzis em números insuficientes.
O Gaesp tem atribuições criminas e de tutela coletiva, atuando nas investigações penais relacionadas a crimes cometidos por policiais civis, policiais militares e agentes penitenciários. Também cabe atuar em inquéritos civis para apuração de atos de improbidade administrativa e questões relacionadas à segurança pública nos seus mais variados aspectos.
Com o general Sinott à frente, os militares das Forças Armadas já realizaram inspeções nos batalhões da PM no Rio, como o 14º BPM (Bangu) e o Batalhão de Operações Especiais (Bope). Também fizeram uma inspeção em uma unidade prisional de Bangu. Segundo o comando da operação, o objetivo é conhecer a estrutura física e de pessoal das unidades. No início, as fiscalizações estavam programadas para acontecer a cada semana.