Mais segurança para as crianças
A partir de março, as cadeiras de alimentação infantil, sejam de produção nacional ou importada, só podem ser vendidas se tiverem selo do Inmetro. Isto porque, depois de três acidentes graves relatados ao instituto, foram feitos uma série de testes com as marcas comercializadas no país e nenhuma delas passou pelo crivo de segurança: risco alto de tombamento, corte ingestão de peças pequenas, entre outros foram apontados nas análises feitas com nove modelos. Atualmente, há 25 produtos certificados.
Para deixar a cadeira mais segura, os produtos ganharam novos contornos, tiveram a altura reduzida, assim como mudanças no cinto de segurança, entre outros itens, destaca Marcos Borges, chefe substituto da Divisão de Programas de Avaliação de Conformidade do Inmetro. Todas as mudanças, no entanto, não garantem a segurança da criança sem a supervisão de um adulto, ressalta Borges:
“Esse é o tipo de produto que não pode prescindir da supervisão de um adulto. Por mais que as mudanças tenham o deixado mais seguro, a criança nunca deve ficar sozinha na cadeira sem alguma supervisão”, diz o engenheiro, chamando atenção para os riscos. Estudo da Organização Mundial da Saúde aponta que 5% das mortes de crianças são por causa de queda e esse é um dos principais problemas da cadeira de alimentação. Com a certificação mudamos o ângulo dos pés, estabelecemos um altura máxima, pois observamos que havia produtos muito verticalizados com alto de risco de tombamento. Além disso, a norma prevê bordas arredondadas e um cinto que prende toda a criança à cadeira, dando maior estabilidade.
Como as mudanças na estrutura do produto foram muitas, Borges não recomenda que se reaproveitem cadeiras antigas. E adverte:
“Em restaurantes, bares, em que são usados modelos não certificados, os adultos devem redobrar a atenção”.
Supermercados registram queda nas vendas
Impactadas pelo aumento de preços, as vendas nos supermercados caíram 19,64% em janeiro na comparação com dezembro do ano passado. No acumulado do ano, o recuo é de 3,38%, mesmo percentual observado na comparação de janeiro de 2016 com janeiro de 2015. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
“O setor supermercadista iniciou o ano sentindo o péssimo ambiente econômico que afeta o país. Desemprego e inflação em alta, reduzindo a renda disponível do consumidor, combinado a um quadro de incertezas econômicas que impactou as vendas do autosserviço”, explicou Sussumu Honda, presidente da Abras.
Para justificar os números negativos, a Associação chama atenção para a variação do IPCA (inflação oficial) em janeiro, que foi de 1,27% registrando a variação mais alta para o mês desde 2003 (2,25%).
A projeção da Abras para fevereiro não é otimista. Segundo a entidade, a elevação de preços tende a continuar, sobretudo nos alimentos in natura. “Devido a muitos fatores, como o clima desfavorável, chuvas em excesso ou falta de chuva e safras menores”, detalhou a Abras em comunicado.
Inflação mais alta
Dados apurados pela Abras mostram elevação de preços acima da inflação em janeiro. Uma cesta de produtos de largo consumo, com 35 itens, incluindo cerveja e refrigerantes, higiene pessoal e limpeza doméstica, além de alimentação, apresentou aumento de 2,99% nos preços em janeiro na comparação com dezembro — de R$ 439,08 para R$ 452,22. Já em relação a janeiro de 2015 o aumento foi de 17,44%, saindo de R$ 385,06 para os atuais R$ 452,22.