
Segundo o ex-ministro do Planejamento Dyogo Oliveira, os R$ 32 a mais da divisão do lucro serão somados ao rendimento básico de R$ 30 do FGTS, por conta da correção de 3% mais TR, resultará em um total de R$ 62 depositados nas contas. Oliveira foi um dos idealizadores do saque das contas inativas do FGTS e do pagamento de metade da lucratividade aos cotistas em 2017, durante o governo Temer. No ano retrasado, o FGTS distribuiu R$ 7,2 bilhões em lucro, e, em 2016, foram R$ 6,23 bilhões.
O valor a ser distribuído faz parte das demonstrações contábeis do ano passado apresentadas pela Caixa Econômica Federal ao Conselho Curador do FGTS.
Pelas contas do Ministério da Economia, com essa nova forma de remuneração do FGTS, a rentabilidade para o cotista será de 6,18%, ganhando da caderneta de poupança. O total depositado no FGTS em 2018 somou R$ 529,2 bilhões.
ABAIXO DA INFLAÇÃO
A remuneração do FGTS paga apenas 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), que está zerada, aos cotistas. Esse rendimento está abaixo da inflação de 3,75% registrada pelo IPCA em 2018.
Nos últimos dois anos, o fundo teve uma remuneração diferente e acima desse indicador por conta da mudança nas regras adotadas durante o governo Michel Temer, pagando metade do lucro que o fundo teve aos trabalhadores.