Foto: Alexandre Vidal/Divulgação
Além do ganho de qualidade dentro de campo, a chegada de Ronaldinho Gaúcho no Fluminense também tem grande importância fora das quatro linhas. A negociação com o camisa 10 teve como maior entusiasta e responsável o advogado e vice de futebol tricolor Mário Bittencourt. E a expectativa é que uma passagem bem-sucedida do craque possa ser capitalizada eleitoralmente pelo dirigente nas eleições pela presidência do clube, em 2016.
Não à toa, a participação de Mário Bittencourt na negociação foi amplamente lembrada e comemorada pelo presidente e aliado Peter Siemsen, além do diretor de futebol Fernando Simone. Foi o advogado quem convenceu os companheiros de diretoria de que seria possível trazer o jogador eleito o melhor do mundo em 2004 e 2005 quando atuava pelo Barcelona.
“Pelo menos uns 90%. É uma vitória do Fluminense, mas é uma vitória enorme do Mário. Nesse caso, o presidente apenas ajudou ao Mário”, brincou o presidente Peter Siemsen, sobre a chegada do reforço.
Não é segredo nas Laranjeiras a intenção de Mário Bittencourt de se candidatar ao cargo máximo do clube em 2016. Ele mantém o silêncio sobre o assunto, mas já trabalha mirando o pleito. Não por coincidência, o dirigente aparece mais em ocasiões positivas como a contratação de Ronaldinho que o próprio presidente tricolor.
Inicialmente, o nome de Ronaldinho Gaúcho enfrentou certa resistência nas Laranjeiras. O advogado, no entanto, abriu caminho para a chegada do jogador ao provar para o restante da cúpula tricolor que a contratação era viável sem comprometer a situação financeira do clube.
“Foi um trabalho muito árduo do Mário Bittencourt. Começou essa conversa com o Assis já faz quase dois meses, ou mais. Começou com uma conversa, um bate-papo informal e a gente foi estruturando, foi trabalhando, e culminou nessas duas semanas com um trabalho mais intenso, de conseguir formatar uma proposta que fosse, que a gente entendesse que era uma proposta legal para o Ronaldo e boa para o Fluminense também”, exaltou o diretor executivo de futebol Fernando Simone.
“Então, acho que foi um trabalho muito bem feito pelo Mário, principalmente comigo ajudando a ele para a gente ter uma proposta robusta, uma proposta que pudesse convencê-lo a jogar no Flu”, complementou o dirigente.
Antes da chegada de Ronaldinho, Mário Bittencourt já havia conseguido outro importante trunfo em sua corrida pela presidência do Fluminense ao renovar o contrato de Fred por quatro anos, mesmo diante de forte assédio de clubes brasileiros e do exterior.
