
Diogo Dantas
O presidente Eduardo Bandeira de Mello oficializou a sua filiação ao partido REDE, da ex-candidata a presidente Marina Silva. A cerimônia aconteceu nesta quinta-feira, enquanto o Flamengo era eliminado da Taça Rio para o Fluminense.
“O primeiro passo eu já dei. Não sei o que irá acontecer nas eleições, mas estou à disposição para o que for melhor para a REDE e o que for melhor para Marina”, disse Bandeira ao site do partido.
O anúncio foi o estopim para ferver a política rubro-negra em ano de eleição. Fora do páreo, Bandeira tem sido pressionado a deixar o cargo. Mas nunca esteve tão atrelado a ele e também isolado dos demais dirigentes da situação. Até mesmo no grupo que o sustenta, o SoFla, há vozes contrárias crescentes.
Bandeira sinalizou que indicaria como sucessor o vice de futebol Ricardo Lomba, mas sua base aliada pode caminhar para um nome de consenso mais alinhado ao principal grupo de oposição, formado pelos dissidentes do primeiro mandato de Bandeira.
Nas últimas semanas, outros grupos de oposição pediram que o presidente se definisse sobre a vida política fora do Flamengo de uma vez, e que desse prioridade ao clube ou deixasse o cargo. Outra polêmica foi lançada por ocasião da assinatura de contrato com a Caixa Econômica, em curso. Alguns grupos no clube questionaram o contrato público assinado por um candidato a deputado federal, cargo que Bandeira pode concorrer, a seis meses do pleito, algo proibido por lei em alguns casos.
A filiação foi oficializada nesta quinta-feira, no hotel Novotel, no centro Rio de Janeiro, e contou com a participação da porta-voz nacional do partido, Marina Silva e do deputado federal e pré-candidato a governo do estado do Rio de Janeiro, Miro Teixeira.