Brasil: a zaga invicta também ajuda na frente

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp
A união na retaguarda une zagueiros e volantes para manter a invencibilidade da rede verde-amarela Foto: Lucas Figueiredo/MoWa Press
A união na retaguarda une zagueiros e volantes para manter a invencibilidade da rede verde-amarela
Foto: Lucas Figueiredo/MoWa Press

Como se não bastassem os 540 minutos sem levar gols, levando-se em conta o amistoso preparatório contra o Japão e os cinco jogos nas Olimpíadas, agora a zaga brasileira também deixa sua marca na frente. Foi o que aconteceu na quarta-feira (17), no Maracanã, na goleada em cima de Honduras por 6 a 0.
Em jogada de bola parada, treinada à exaustão, o zagueiro Marquinhos balançou as redes. Neymar cobrou escanteio, e o camisa 4 entrou livre pelo meio da área. Quase errou o chute, mas acabou sendo um domínio que deixou a bola em plenas condições de ser mandada com tudo para o fundo do barbante.
No caso, Marquinhos foi o primeiro jogador além dos quatro atacantes da Seleção Olímpica a deixar sua marca. Todos os outros 10 gols da equipe nesta competição foram marcados pelos jogadores da frente.
Do outro lado, quando foi exigida nesta partida contra Honduras, a zaga se mostrou novamente segura. Nos desarmes dos zagueiros, laterais e volantes, e também nas defesas do goleiro Weverton, que evitou o gol hondurenho em pelo menos duas oportunidades.
Micale vê a Seleção pronta para
ser campeã após as críticas

Técnico não relaciona a final contra a Alemanha com o Mundial de 2014  Foto: Lucas Figueiredo/Mowa Press
Técnico não relaciona a final contra a Alemanha com o Mundial de 2014
Foto: Lucas Figueiredo/Mowa Press

O treinador Rogério Micale estava bem-humorado, ontem, véspera de poder entrar na história como o primeiro técnico da Seleção Brasileira a conquistar um título de Jogos Olímpicos. Ele tem dito que mandará fazer uma réplica da medalha (a prata, ao menos, já está assegurada) para si, já que os técnicos não são premiados pela organização, e distribui sorrisos quando aparece em público. A situação é bem diferente daquela vivenciada no início da competição.
Com empates por 0 a 0 com os nada tradicionais África do Sul e Iraque, Micale e a sua Seleção Brasileira enfrentaram muitas críticas no começo da campanha nos Jogos Olímpicos. O time goleou a Dinamarca por 4 a 0 e venceu a Colômbia por 2 a 0 na sequência, afastando de vez os questionamentos com uma contundente goleada por 6 a 0 sobre Honduras, nas semifinais.
“Estaremos mais fortes emocionalmente neste sábado”, apostou, de olho na decisão olímpica contra a Alemanha, no Maracanã. “Passamos por tudo. Tivemos questionamentos, vivemos um novo momento e agora enfrentaremos uma equipe muito boa, que remete a uma história com a qual não temos nada a ver. Vamos viver a nossa própria história”, pregou.
Micale se referiu à inevitável lembrança da histórica goleada por 7 a 1 que a equipe principal da Alemanha aplicou no Brasil, nas semifinais da última Copa do Mundo, no Mineirão. “Aqui é Seleção olímpica. Só existe um jogador das duas seleções que estava lá (o zagueiro Mathias Gintter, que não atuou no Mundial), porque o Neymar se machucou e não participou. Nada é palpável nessa situação. Não vejo como vincular”, defendeu.
De qualquer forma, o sucesso olímpico poderá representar a reação brasileira após os últimos vexames, dando esperança para as próximas competições da equipe principal, agora dirigida por Tite. “Não podemos pensar nessa juventude só para a medalha de ouro. É o futuro da Seleção Brasileira. Eles vão adquirir mais rodagem e chegar preparados”, confiou Rogério Micale.
Neymar relembra decepção de 2012

Prestes a disputar sua segunda final olímpica, Neymar quebrou o silêncio. O capitão da seleção brasileira, que tem evitado contato com os jornalistas, falou ao site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e relembrou os momentos vividos nos Jogos de Londres-2012, quando a equipe foi derrotada pelo México, na decisão. Em meio a brincadeiras, Neymar disse ter aprendido com os erros do passado e acredita que a final contra a Alemanha, neste sábado, no Maracanã, é a melhor oportunidade possível para conquistar o inédito ouro.
Ao lado do amigo Felipe Anderson, com quem fez brincadeiras sobre as mudanças no visual, Neymar disse que amadureceu bastante em quatro anos. “Vou ter outra chance. Não vai ter outra oportunidade melhor que essa. Jogando em casa, já mais experiente, perto da família, amigos e da torcida brasileira.”
“A gente aprende em qualquer campeonato, treino ou jogo. O que aprendi em Londres é que a cada momento temos que estar ligados, um deslize pode acabar perdendo tudo. Foi o que aconteceu com a gente”, completou Neymar, que se disse como o vinho. “Quanto mais velho, melhor”.
por Jota Carvalho

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

Nunca perca nenhuma notícia importante. Assine nosso boletim informativo.

Publicidades

error: Conteúdo protegido!