
Foto: Leo Correa/Mowa Press
O Brasil e as outras sete seleções que deram a largada ontem na fase ‘mata-mata’ da Copa América correm risco de ganharem calote da Conmebol. Mesmo que atenuando a situação e prometendo resolvê-la em breve, o boliviano Carlos Chávez, tesoureiro da entidade, admite que o dinheiro dos classificados não deve ser depositado dentro do prazo. Eles têm US$ 750 mil (R$ 2,3 milhões) a receber pela vaga nas quartas de final. A princípio, essa grana deveria ser paga pela Conmebol até o fim da semana.
Chávez confessa que existe a chance de isso não acontecer. “Por causa desse problema com a Datisa (empresa dona dos direitos comerciais da competição), estamos ainda vendo como conseguirmos pagar a premiação pela segunda fase, semifinal e final. A Coca Cola, por exemplo, não pode ser prejudicada com esse noticiário negativo e temos um prazo a cumprir”, afirmou o dirigente aos jornalistas e à ESPN Brasil. “Se ela não pode pagar através da Datisa, então, vamos tentar que ela realize diretamente para a Conmebol”, completa.

Ainda de acordo com o também presidente da federação boliviana, a Conmebol conta com um membro de seu departamento jurídico cuidando especialmente desse assunto em sua sede, em Assunção, no Paraguai.
Ele assegura estar em contato permanente com o mandatário da entidade, Juan Ángel Napout, que ainda não esteve no Chile para a competição.
Carlos Chávez diz que tudo será resolvido, mesmo que para isso tenha que recorrer às reservas da Conmebol, atualmente ao redor de US$ 10 milhões (cerca de R$ 30 milhões). O mesmo não é possível garantir em relação às semifinais.
A Conmebol diz desconhecer qualquer outro problema, mas a falta de dinheiro estaria comprometendo a rotina de alguns times.
O diretor de seleções da federação argentina, Juan Carlos Crespi, revelou que a entidade teve de lidar com cobranças pela falta de pagamento em um de seus centros de treinamento em La Serena, litoral chileno.
O Brasil enfrentará o Paraguai nas quartas de final da Copa América, neste sábado, em Concepción.
por Jota Carvalho