
Os empecilhos impostos pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro ao Flamengo, para que o clube assuma o Maracanã, reativaram o sonho da casa própria. Dirigentes do Rubro-Negro vão sobrevoar hoje dois terrenos, apresentados por duas empresas diferentes, que poderão abrigar o estádio do Flamengo, com capacidade para cerca de 50 mil torcedores. As áreas foram oferecidas ao clube em troca do Edifício Hilton Santos (sede do Morro da Viúva).
Depois de uma empreiteira oferecer um terreno na Zona Oeste, foi a vez de surgir outra empresa se apresentar ao Flamengo com um modelo de negócio semelhante, apresentando um espaço de local ainda guardado em segredo. O Flamengo, entretanto, ainda tem a administração do Maracanã como prioridade e, assim, usa as ofertas também como uma maneira de exercer pressão sobre o Governo do Estado a abrir uma nova licitação. No entanto, a intenção do governo é transferir a concessão da administração do Maracanã da Odebrecht – principal acionária do Consórcio Maracanã – para a francesa Largadère.
O Flamengo diz ainda não ter recebido de maneira oficial a informação de que haverá a transferência de concessão. No entanto, na Gávea circula a informação de que o procedimento pode ocorrer ainda nesta semana. Enquanto isso, o clube aguarda para daqui a duas semanas a votação na Câmara de Vereadores do projeto de lei que permite a transformação da sede do Morro da Viúva – hoje desabitada – em prédio residencial ou hotel. A intenção do rubro-negro é de que iniciar o processo de licitação até janeiro de 2017.
“Para o Flamengo, o ideal é ter a administração do Maracanã e construir um estádio de pequeno porte na Gávea. Mas diante das notícias que estão surgindo, podemos adotar um outro caminho. Recebemos duas ofertas de troca do Morro da Viúva por terrenos para a construção de um estádio e vamos avaliar de acordo com a postura que o Estado adotar”, explicou o vice-presidente de patrimônio do Flamengo, Alexandre Wrobel.