A dedicação e o empenho nos treinamentos a partir da vila olímpica fizeram de Rodrigo e Mariane atletas promissores
Foto: Luiz Ambrósio/PMQ
O sonho é vestir a camisa da seleção brasileira; a realidade é defender a seleção carioca de voleibol no Campeonato Brasileiro de seleções (Taça Sami Hehlinski). Entre o presente e o futuro, Mariane da Silva, 13, e Rodrigo Oliveira, 15, fazem do desejo em honrar as cores do Brasil, a motivação para realizarem uma grande competição em Saquarema, na Região dos Lagos. E esta não é a única coincidência que cerca a vida dos dois atletas. Apesar de categorias diferentes, eles jogam no Fluminense, são centrais e iniciaram a paixão pelo esporte como alunos da Vila Olímpica de Queimados.
Ao embarcarem para a Região dos Lagos na segunda-feira (12), os dois jovens levaram na bagagem os ensinamentos dos treinadores Marcos Vinícios e Marcos Antônio Marciano que, além de irmãos gêmeos, foram os treinadores dos atletas na Vila Olímpica de Queimados, são os atuais técnicos no Fluminense e fazem parte da comissão da seleção carioca de vôlei.
Até nos elogios dos treinadores os dois atletas são iguais: “Eles têm características parecidas. São habilidosos e versáteis, se adaptam a qualquer posição facilmente”, disse Marcos Antônio.
Nas primeiras rodadas da competição, a dupla de peso já conquistou quatro vitórias e teve apenas um revés. Na categoria masculina, o time do Rio de Janeiro venceu o Paraná por 2 sets a 1, Brasília por 2 a 0 e Mato Grosso por 3 a 0. Já no feminino, o time estreou com vitória sobre Maranhão por 3 a 0 e foi derrotado por Paraná por 2 a 1.
Mariane, apesar da pouca idade, mede 1,80m e joga voleibol desde os oito anos de idade na Vila Olímpica de Queimados. Atualmente, é titular do tricolor carioca, onde já conseguiu títulos importantes como Campeonato Carioca e a Taça Paraná. Com a convocação, a atleta que mora no bairro São Miguel, em Queimados, tem a chance de conseguir o bi da competição. A jogadora estava no elenco vencedor da seleção carioca mirim campeã em 2014. Este ano, mesmo com idade inferior, a atleta vai jogar a categoria infantil e pretende fazer uma excelente competição.
Após ver um jogo da seleção feminina de vôlei na TV, Mariane se apaixonou pelo esporte. Desde então é destaque por onde passa. Atualmente não disputando mais competições pela Vila Olímpica local, a moça mantém um, sentimento de gratidão com a secretaria municipal de Esporte e Lazer: “Tudo que aprendi foi aqui nesta quadra. Agradeço ao Professor Monteiro (secretário municipal da pasta) pela ajuda que recebo até hoje e, onde eu for, levarei a bandeira da minha cidade com muito orgulho”, ressaltou.
Com um sorriso tímido e olhos brilhantes, Rodrigo ainda se emociona em falar de sua primeira convocação para defender a seleção do seu estado. Com 1,88, ele sentiu o gosto de ganhar títulos pelo Fluminense e vislumbra levantar mais uma taça: “Fui campeão carioca, das olimpíadas da Baixada, da Taça Cidade Maravilhosa, mas este, se vier, vai ter um gostinho especial. Todo ano a seleção carioca vai com time bom e agora não será diferente. Estamos treinando muito forte para fazermos um bom campeonato”, acredita.