
Parmêra / Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Nesta quarta-feira, (19), às 21h45, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro, Palmeiras e Flamengo se enfrentam na Ilha do Urubu. O duelo marca o primeiro encontro entre alviverdes e rubro-negros após o acirramento da rivalidade, ocorrido no ano passado. Palmeiras e Flamengo foram protagonistas na edição de 2016 do Campeonato Brasileiro. No primeiro turno, pela sexta rodada, o time paulista venceu por 2 a 1, em Brasília. Disputado no Estádio Mané Garrincha, o jogo teve confusão entre torcedores, o que gerou punições aos dois clubes.
Na 25ª rodada do torneio nacional, no Palestra Itália, Palmeiras e Flamengo empataram por 1 a 1. Naquela altura, os dois clubes já brigavam pela liderança do Campeonato Brasileiro – com o resultado, a equipe alviverde ficou com apenas um ponto de vantagem.
Um clássico carioca, vencido por 2 a 1 pelo Flamengo sobre o Fluminense, contribuiu com o acirramento da rivalidade. Na ocasião, o zagueiro Henrique marcou o gol de empate do time tricolor, mas o árbitro Sandro Meira Ricci, após 13 minutos de paralisação, resolveu anular o lance.
No dia seguinte ao Fla-Flu, o Palmeiras cancelou a entrevista que seria concedida pelo técnico Cuca na Academia de Futebol para uma exaltada manifestação do então presidente Paulo Nobre. Ele cobrou o STJD e falou em interferência externa no clássico carioca. “Que as pessoas tenham um pouco mais de vergonha”, pediu, na ocasião.
No mesmo dia, em entrevista à ESPN Brasil, Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo, tratou de rebater o palmeirense. “Quem é que não tem vergonha na cara?”, questionou. Já Antônio Tabet, vice de comunicação, chamou a adversário de “criança mimada”.
No embalo da perseguição ao Palmeiras na tabela, a torcida rubro-negra criou o “cheirinho de hepta”, bordão que seria usado pelos rivais de forma irônica. Após garantir o título de forma antecipada diante da Chapecoense, o clube alviverde exibiu uma enorme faixa retangular com a frase “Sem choro, nem cheiro!”, reproduzida nas camisetas comemorativas.
Elenco, diretoria e comissão técnica festejaram a conquista do título brasileiro de 2016 em um trio elétrico pelas ruas de São Paulo. Durante o longo percurso, alguns rivais foram ‘homenageados’, entre eles o Flamengo, com o grito de “cheirinho é meu p…”.
Já este ano, o bordão foi empregado novamente de forma irônica. No mesmo dia em que o time alviverde bateu o Internacional na Copa do Brasil, o Flamengo acabou eliminado na primeira fase da Libertadores. Ao informar o revés rubro-negro, o sistema de som do Palestra Itália usou a expressão “cheirinho no ar”, reforçando a rivalidade que será colocada à prova nesta quarta. Quem viver, verá.
Diego Alves exalta história
do Mengão em apresentação

Gilvan de Souza/ CRF
O Flamengo apresentou na noite de segunda-feira o goleiro Diego Alves. O jogador, que estava no Valencia-ESP, assinou contrato até 2020. Ele chega com status de ídolo e com a incumbência de acabar com a desconfiança no setor.
Diego Alves revelou que tinha outras propostas, de clubes europeus, mas preferiu acertar com os rubro-negros. O goleiro elogiou os dirigentes flamenguistas na negociação. “Tivemos semanas difíceis de negociação. Queria agradecer a todas as partes que fizeram com que esse sonho pudesse acontecer. Eu, quando tive esse primeiro contato com o Flamengo, tinha outras propostas na Europa, mas desde quando o Flamengo entrou na situação foi conversado de uma forma franca. Eu senti essa honestidade da parte do Flamengo. Esse foi um dos motivos que, junto do meu desejo, me fez vestir esse manto, voltar ao Brasil e jogar nesse time que, antes de assinar, falei que era o clube que atrai qualquer jogador do mundo”, destacou o novo reforço.
Diego Alves rechaçou ter escolhido o Flamengo para poder ficar próximo dos olhos do técnico Tite, da Seleção Brasileira. O goleiro destacou que chegou por conta do projeto do clube.
“A vinda para o Flamengo foi pensando no Flamengo, pensando na minha vida profissional no Flamengo. Acredito que a Seleção Brasileira é um prêmio pelo momento que o jogador vive no seu clube. Em todos os clubes em que passei, tive a oportunidade de estar na Seleção. Vou trabalhar bastante para também ser convocado no Flamengo. O projeto do Flamengo é muito sério. É um projeto que já vem construindo há anos. Dá para ter uma noção. É um projeto que chamou bastante atenção. Esse projeto é um projeto bastante importante que eu quero ajudar a crescer”, explicou.
O recém-chegado também falou sobre a fama de ser pegador de pênaltis, sendo o maior defensor de penalidades da história do Campeonato Espanhol. Diego Alves afirmou não saber a razão pela qual defende muitas penalidades.
“Eu sei que é um assunto que se debate bastante, por eu defender bastante pênalti, mas eu levo com naturalidade. Tem de perguntar para os cobradores. Na Espanha sempre me perguntaram isso, mas eu não gosto de pênalti. Não gosto, mas estou sempre preparado. Antes do pegador de pênalti, vem o Diego Alves goleiro, que tem de ser importante em muitas outras coisas”, comentou.
Por fim, o goleiro elogiou o futebol nacional. Há dez anos fora do país, Diego Alves destacou que muitos atletas estão pensando em retornar pela melhora na estrutura dos clubes brasileiros. O jogador fez questão de exaltar a história do Flamengo. “Eu acho que o futebol brasileiro melhorou bastante. Isso demonstra a vontade de os jogadores voltarem para jogar no futebol brasileiro. Quando se fala no Flamengo, se fala em título. A história do clube te exige falar de título. Claro que é cedo, tem muito chão pela frente, mas é importante. É um objetivo do clube, dos jogadores. Acho que temos chances, sim, de ter uma grande alegria”, finalizou.
Diego Alves ainda não tem um número específico que irá usar. Os dirigentes rubro-negros esperam poder regularizar o goleiro o mais rápido possível. A tendência é a de que o recém-contratado tenha condições de jogo no fim de semana.
por Jota Carvalho