Flu: do ‘caos financeiro’ à vitória com R10

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FECHADO! Ronaldinho Gaúcho e o presidente Peter Siemsen: acordo selado para uma nova era nas Laranjeiras Foto: Divulgação/Fluminense
FECHADO! Ronaldinho Gaúcho e o presidente Peter Siemsen: acordo selado para uma nova era nas Laranjeiras
Foto: Divulgação/Fluminense

A arrancada do Fluminense no Campeonato Brasileiro tem surpreendido até mesmo o mais otimista dos tricolores. O time das Laranjeiras começou a temporada como incógnita após a saída tumultuada – e até mesmo inesperada – da parceira de 15 anos Unimed Rio em dezembro, mas conseguiu se reerguer rapidamente e selou o começo de nova era ao anunciar a contratação do meia Ronaldinho Gaúcho no último sábado.
O ex-camisa 10 do Barcelona é uma das principais conquistas do Fluminense na fase pós-Unimed e chega no melhor momento do clube desde a saída da cooperativa das Laranjeiras. Ele é a primeira estrela a aceitar convite para jogar no Tricolor mesmo sem o suporte da empresa, o grande trunfo do time no mercado nos últimos anos para trazer nomes como Fred, Deco, Rafael Sóbis, entre outros.
A mudança de modelo no começo do ano foi traumática. A Unimed pagava a maior parte dos salários de estrelas como Fred, Wagner, Conca, Cícero, entre outros, mas resolveu aplicar um calote assumido em seus contratos com jogadores. O temor de que o clube não conseguisse honrar com seus compromissos invadiu o vestiário e brecou até mesmo uma proposta de renovação feita pelo Tricolor ao ídolo argentino, que preferiu ir para a China.
O caminho para adaptação foi se desfazer das peças mais caras do elenco para torná-lo administrável do ponto de vista financeiro. Conca foi vendido e Cícero rendeu compensação financeira ao Tricolor ao ser emprestado para o futebol árabe. Enquanto isso, apoiado na sobra deixada na folha salarial, Fred permaneceu, acompanhado de Jean, Gum e Diego Cavalieri. O camisa 9, inclusive, estendeu seu contrato por mais quatro anos, mesmo caminho dos dois últimos, que assinaram por três temporadas.
A receita e o espaço na folha salarial que conseguiu com negociação de medalhões como Conca, Wagner, Cícero e Bruno renderam ao Fluminense gás financeiro para manter Fred e cia. O sucesso de jovens como Kenedy, Gérson, Gustavo Scarpa, Marcos Junior e Marlon, por outro lado, deu ao Tricolor a tranquilidade para dispensar maiores contratações.
Mesmo assim, o Fluminense foi ao mercado atrás de contratações pontuais e sem custos de transferência. No começo do ano, apostou em um pacote de sete apostas que revelou o meia Vinicius (ex-Náutico) e o lateral Giovanni (ex-Criciúma). Os dois se tornaram titulares e peças essenciais na equipe do técnico Enderson Moreira. E o mais importante para os cofres tricolores: custaram pouco.
Em um segundo momento, o Fluminense procurou jogadores em baixa, mas com currículo já estabelecido no futebol brasileiro. São os casos de Antônio Carlos, Pierre, Osvaldo e, agora, Wellington Paulista. Eles chegaram por valores relativamente baixos e dão ao Tricolor as peças de reposição necessárias para a temporada, além da experiência para mesclar com a juventude das crias das categorias de base.
As revelações vindas de Xerém, inclusive, foram decisivas para a vinda de Ronaldinho Gaúcho. O Fluminense vivia aperto financeiro até vender Kenedy a um grupo de investidores no fim de junho por 5,5 milhões de dólares (cerca de R$ 17 milhões) e negociar a prioridade sobre Gérson com o Barcelona por cerca de R$ 10 milhões. Com R$ 27 milhões novos no caixa, o Tricolor se viu mais tranquilo para buscar reforços como o meia duas vezes eleito melhor do mundo pela FIFA.
Se a reestruturação vai dar efetivamente certo só o futuro vai dizer. Invicto há seis jogos, o Fluminense é o segundo colocado do Campeonato Brasileiro após 13 rodadas e contratou Ronaldinho Gaúcho com esperança de bom futebol por parte do meia. E a torcida tricolor não esconde a empolgação e a expectativa por dias de glória como os vividos com a Unimed nos títulos brasileiros de 2010 e 2012.
Renato confia que torcida vai lotar
O lado direito do Maraca

Atrativos não faltam para a torcida lotar o Maracanã no próximo domingo. O Fluminense está brigando pela liderança do Campeonato Brasileiro, vem de uma invencibilidade de seis partidas e Ronaldinho será apresentado. E ainda mais porque o lado direito do estádio, o qual os tricolores por direito ocuparão, é alvo de cobiça do presidente do adversário, o mesmo que garantiu que R10 não jogaria em outro clube no Brasil que não fosse o dele.
Mesmo com todos esses motivos, o lateral-direito Renato entrou na onda e fez uma convocação para a torcida tricolor comparecer em grande número às 16h de domingo. “A torcida do Fluminense vai comparecer em peso para nos ajudar. Ela sabe da importância que tem para conquistarmos a vitória. Vai ser um jogo difícil, mas a nossa equipe está muito bem e preparada para fazer uma boa partida”, avisou o lateral-direito tricolor.
Autor do cruzamento que originou o gol da vitória do Fluminense por 2 a 1 sobre o Atlético-PR, na rodada passada, Renato comentou sobre o lance e o oportunismo do capitão tricolor. “Fui feliz no cruzamento. Já era a segunda vez no jogo que eu tinha feito a ultrapassagem pedindo a bola. E dessa vez consegui botar a bola na cabeça do Fred para marcar o gol da vitória. Vencer é sempre bom, ainda mais fora de casa. É importante estar sempre pontuando. O nosso time encaixou. Quem entra consegue dar conta do recado. Nós estamos unidos e vamos para frente agora”, prometeu.
Os jogadores retornaram de Curitiba logo depois da vitória sobre o Atlético-PR, folgaram na segunda-feira e se reapresentam na tarde de ontem, nas Laranjeiras, quando começaram os preparativos para o clássico com o Vasco. Com 27 pontos na tabela, o Fluminense está apenas dois pontos atrás do Atlético-MG.

 

 

por Jota Carvalho

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