
Gilvan de Souza/Flamengo
Que Paolo Guerrero sabe o caminho do gol já é fato conhecido por todo fã do futebol – mas 2017 se tornou, na quarta (26), um ano especial para o craque peruano. Ao balançar a rede da Vila Belmiro, contra o Santos, o camisa nove rubro-negro marcou seu 19° gol no ano, transformando esta temporada na mais prolífica de sua carreira.
Em 2016, Guerrero chegou perto de quebrar a marca. Em 2013, quando ainda vestia a camisa do Corinthians, anotou 18 gols – marca igualada três temporadas depois. Após um início de 2017 que foi apontado como o melhor de sua carreira, Guerrero manteve o ímpeto e quebrou, ainda em julho, o recorde pessoal.
Sua segunda temporada pelo Flamengo foi também a que alcançou a melhor média de gols na carreira: foram 18 em 43 jogos, ou aproximadamente 0,42 por jogo. Em 2017, sua média é de aproximadamente 0,6 gols por jogo. Mantendo estes números, jogando os 46 jogos que disputou na temporada 2013, Guerrero atingiria a marca de 27 gols, se tornando o 3° maior artilheiro rubro-negro em um ano, atrás apenas de Edílson (28 gols em 2001) e Hernane (36 gols em 2013).
Com 41 gols vestindo a camisa do Fla, Guerrero é, atualmente, o 6° maior artilheiro estrangeiro da história do clube, atrás apenas de Valido (45 gols), Sidney Pullen (47), Petkovic (57), Candía (75) e Doval (92). Três times dividem a liderança do ranking de maiores vítimas: Fluminense, Botafogo e Boavista já sofreram 4 gols do peruano atuando pelo Flamengo.
Pouco mais de dois anos após chegar ao Flamengo, o peruano está muito próximo de completar seu 100° jogo vestindo rubro-negro – atualmente, tem 96.
Detentor de marcas cada vez mais importantes, Guerrero afirmou, em conversa exclusiva com o site oficial, que suas marcas pessoais não são sua prioridade. “Na verdade, não contabilizo, não me traço metas de gols. Para mim é importante, claro, somar gols, pela posição que jogo, mas o mais importante é vencer as partidas, pois isso é que traz conquistas, títulos. Esses são os objetivos que busco”, disse.
“Os gols estão saindo pois temos uma mobilização boa, temos jogadores importantes no time e acho que temos uma boa finalização, mas, como falei, mais importante é ajudar o time, estar com eles o tempo todo. Mesmo quando não consigo fazer gols, eu tento sempre ajudar meus companheiros a marcar”, concluiu. (Fonte: Site Oficial).
Ederson passa por cirurgia e
retira testículo direito
A primeira batalha foi vencida com sucesso. O meia-atacante Ederson realizou na manhã de ontem a operação para retirada do testículo direito, diagnosticado com tumor. A cirurgia foi realizada pelo Dr. Franz Campos e acompanhada pelo chefe do departamento médico do Flamengo, Dr. Marcio Tannure, no hospital Copa Star, em Copacabana.
Todo o procedimento teve a duração de 40 minutos e, após a realização, os médicos Campos e Tannure concederam entrevista coletiva, onde explicaram os próximos passos do tratamento de Ederson. O jogador está no quarto e terá alta em 24 horas. “A cirurgia foi um sucesso. Durou 40 minutos. Foi necessário retirar o testículo direito que estava acometido pela lesão. O material foi biopsiado e enviado para o controle de biópsia, visando confimar o tumor. Foi implantada uma prótese testicular, que é o procedimento padrão. O material retirado foi enviado para uma análise que vai definir várias situações no futuro”, disse Campos, que apontou a necessidade de cuidar primeiro da pessoa e depois verificar sua volta ao futebol. “O cuidado maior agora é com a saúde do Ederson. Começamos uma guerra e a primeira batalha foi vencida. É uma patologia rara, agressiva, mas com índice de cura alto, desde que conduzido com celeridade, como está fazendo o Flamengo, com a preocupação de desde o início para retirar a fábrica de lesão que começa no testítulo. A partir daí, as chances de cura começam a aumentar, porque já vai para a próxima etapa de tratamento, que é multimodal. Começa com cirurgia, segue com quimioterapia e, no futuro, avalia-se como o paciente vai responder”, explicou.
Segundo o cirurgião, Ederson deverá ser submetido à quimioterapia e o tratamento pode levar até três meses. Somente após este prazo, poderá ser avaliada a possibilidade do camisa 10 do Flamengo retornar a jogar. E o Dr. Campos deixou uma esperançosa notícia para o final. “Ainda é muito precoce para falar qualquer coisa, mas tumores de testículo, como um todo, possuem um índice de 90% de cura, e é isso que vamos perseguir”, finalizou.
por Jota Carvalho