Instrutores formam pilotos de voo livre em Japeri

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Máscara (primeiro à esquerda) e Puro Osso (terceiro) serviram de inspiração para Malton Garcia (direita). Abutre (C) é o instrutor mais experiente do grupo
Fotos: Marllon Guedes/PMJ

“Quer saber por que os pássaros cantam? Então venha voar!”. Estes são os dizeres do cartão de visitas de Fábio Barbosa, funcionário público da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e praticante de voo livre há nove anos. Conhecido pelos amigos que fez no esporte como Abutre, ele aprendeu a voar com o instrutor Afonso Urbieta, um dos pioneiros do voo livre em Japeri.
Hoje, Abutre e outros instrutores ensinam a prática do esporte aos moradores da cidade, formando uma nova geração de amantes da experiência única que é voar sem asas. Os voos partem da rampa localizada no Pico da Coragem, em Japeri. “Mesmo com tantos anos de ?prática, toda vez que chego à rampa a adrenalina é a mesma da primeira vez em que voei. Fico arrepiado quando lembro a sensação”, conta Abutre. “Minha maior satisfação é ter conseguido formar no voo livre pilotos locais”, completa o instrutor.
Um dos alunos que aprenderam a voar de parapente com os instrutores em Japeri é o motorista de caminhão Fábio Bastos, de 31 anos, morador do bairro Chacrinha. Batizado pelos colegas como Máscara, ele comemora a realização do sonho de voar. “Quando era garoto, fazia asa delta com tampa de margarina para brinca?r,? enquanto via os parapentes sobrevoando o município. Nunca pensei que iria praticar essa modalidade de esporte, pois achava que era coisa de gente rica. Muitos pensam desta forma, mas não é. Graças a Deus conheci o Abutre, o Afonso e todos os instrutores e hoje tenho o privilégio de poder voar”, vibra Máscara.
Morador de Nova Belém, o garçom José Carlos Araújo, o Puro Osso, de 40 anos, tem visão privilegiada da rampa da janela de sua casa e sempre almejou decolar em um parapente rumo a uma vida de aventuras. “Conheci o esporte em 2010 e foi uma experiência muito boa. Formei-me como piloto e hoje tenho condições de voar sozinho”, conta.
As experiências de Máscara e Puro Osso serviram de inspiração para Malton Garcia, 35 anos, vizinho de Máscara no bairro Chacrinha. Ele conheceu Urbieta ainda na década de 1990 e subia até o Pico da Coragem para ajudá-lo a montar os equipamentos, mas nunca voava. “Tinha muito medo, me faltava coragem para decolar. Meus amigos me falaram sobre a sensação de voar e me apresentaram seus instrutores. Então decidi comprar os equipamentos necessários e iniciar o curso”, conta Malton, que, embora ainda não tenha experiência suficiente para voar sozinho, já é conhecido no grupo como Piloto.

Mais que um esporte, uma mudança de vida

Morador do Rio de Janeiro, Fábio Abutre conta que a paixão pelo voo livre nasceu quando conheceu o Pico da Coragem e revela que se tornou outra pessoa após aprender a voar de parapente. “Eu era um cara muito estressado e o voo livre me acalmou, me deixou mais tranquilo, mudou minha vida”, conta o instrutor.
Com ?prática de voo em vários lugares do Brasil, Abutre afirma que Japeri é o lugar perfeito para quem quer aprender a voar. “A rampa do Pico da Coragem é o que chamamos de rampa escola, ideal para quem está iniciando. Ela facilita o aprendizado de cada etapa, como decolagem e pouso e voo duplo, por exemplo”.?
O Pico da coragem conta com três opções de rampas. A menor delas, a Sudoeste, tem cerca de 340 metros de altitude, a Sul/Sudeste tem aproximadamente 445 metros de altura e se enquadra para decolagens também de Sudeste e Leste. São duas rampas: uma para asa-delta, com estrutura de madeira, e uma natural para decolagens de parapentes. A terceira e mais alta é a rampa Leste, que fica a 500 metros de altitude.
“O tempo de permanência no ar depende das condições climáticas, mas é possível decolar de Japeri e pousar em Jaceruba, que fica a oito quilômetros daqui, ou até mesmo em cidades mais distantes, como Mangaratiba, Resende e Volta Redonda”, afirma Fábio Abutre.
>> Voo livre gratuito – A Prefeitura de Japeri, através da Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer (SEMETULER), oferece voo livre gratuito aos cidadãos japerienses. Os interessados em fazer o voo duplo de parapente (voo com instrutor) podem se inscrever na própria secretaria, na Avenida São João Evangelista, Centro de Engenheiro Pedreira. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 3691-1851 e 2664-1394.
por Raphael Bittencourt

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