Luxa detona cartolas do Fla: “Sabem nada de futebol”

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Técnico revelou que voto do presidente Bandeira de Mello foi vencido, e gestores pediram sua cabeça na reunião da cartolagem Foto: Gilvan de Souza/Divulgação
Técnico revelou que voto do presidente Bandeira de Mello foi vencido, e gestores pediram sua cabeça na reunião da cartolagem
Foto: Gilvan de Souza/Divulgação

Após ser demitido do comando do Flamengo, na noite da última segunda-feira, o técnico Vanderlei Luxemburgo concedeu entrevista, ontem, no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, para esclarecer os porquês de sua saída. Claramente descontente, mostrou-se surpreso com a posição da diretoria em rescindir e distribuiu críticas à conduta do grupo de gestores do clube. Segundo o treinador, a falta de “alinhamento” com a cúpula rubro-negra foi uma das motivações.
Citando alguns problemas quanto ao time, que afetaram o rendimento do Flamengo desde o Campeonato Carioca, culminando em um início instável no Brasileiro, Luxemburgo ainda procura entender a posição da diretoria. “Fiquei surpreso porque, há três semanas atrás, quando tive uma sondagem do São Paulo, o presidente do Flamengo disse que eu era fundamental para o projeto do clube. Queria saber como 20 dias depois deixei de ser fundamental?”, questionou.

Na reunião, presidente Bandeira de Mello foi contra saída de Vanderlei
Na reunião, presidente Bandeira de Mello foi contra saída de Vanderlei

Reconhecendo que gostaria de ter ficado no Flamengo até a próxima temporada, o treinador admitiu que as divergências com relação à postura da diretoria impediram sua continuidade. “Os gestores do Flamengo não querem ninguém que discorde das ideias deles, querem alguém alinhado. Fui demitido pelo grupo de gestores, o único contrário a minha demissão teria sido o presidente”. disse.
Apesar da frustração pela saída precoce, Vanderlei Luxemburgo não se arrepende de forma alguma em ter permanecido no Flamengo e coloca a manutenção na elite, em 2014, como um dos grandes feitos da carreira, e um dos maiores orgulhos como torcedor rubro-negro. “Vim no ano passado em um momento que o clube estava afogado. Não me arrependo de absolutamente nada, pelo contrário. Um dos meus maiores orgulhos como flamenguista foi ter contribuído para o Flamengo não ter caído para a Segunda Divisão”, revelou. “Meu projeto era ficar aqui e buscar títulos, infelizmente eles não aceitaram”, completou.
Mesmo sem concordar com muitas determinações, como a venda de mandos de campo para aumentar a renda, o treinador reconhece que nunca deixou de cumprir o que lhe era proposto. Daí a surpresa pela demissão. Sem Luxemburgo e já buscando um novo técnico, o Flamengo recorreu a Jayme de Almeida para apagar o incêndio e dirigir a equipe nesta quarta, em confronto com o Náutico, válido pela Copa do Brasil.
Grupo não entende nada de bola

Rodrigo Caetano está de mãos atadas, segundo Luxa Foto: Gilvan de Souza/Divulgação
Rodrigo Caetano está de mãos atadas, segundo Luxa
Foto: Gilvan de Souza/Divulgação

O ex-técnico rubro-negro foi duro com os ex-patrões: “Quem define tudo é o grupo gestor, que não entende nada de futebol. Pode entender nas suas empresas, nos seus negócios, nos seus bancos. Um profissional como o Rodrigo Caetano está de mãos atadas, não pode fazer nada, porque não é ouvido”, disparou Luxa, que cutucou o fato de a atual gestão ter sido elogiada em uma reportagem de prestigiado jornal dos Estados Unidos. “Administrativamente eles estão lá fazendo o trabalho deles, saíram até no New York Times, ganharam prêmio, mas quero saber é de futebol, tem que ganhar títulos no futebol também”.
Sobre sua não ida para o São Paulo: “Eu só não me arrependo de não ter ido para o São Paulo por causa do Flamengo. Mas hoje, pensando friamente, o São Paulo tem o melhor elenco do Brasil, ninguém tem cinco ou seis jogadores como o São Paulo. Eu agora estou livre no mercado, não estou me oferecendo, mas posso ouvir propostas. Se o São Paulo entender que deve fazer outro convite, eu estou aqui para analisar”, afirmou.
Nesta quarta passagem de Luxemburgo pelo clube da Gávea, que durou dez meses, ele comandou o time por 59 jogos, obtendo 34 vitórias, 11 empates e 14 derrotas. A demissão aconteceu após a derrota para o Avaí, por 2 a 1, no último domingo, resultado que deixou a equipe com apenas um ponto em três rodadas disputadas e na 17ª colocação do Campeonato Brasileiro e dentro da zona de rebaixamento.
por Jota Carvalho

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