Não tinha cocô: velejadores aprovam qualidade da água da Baía de Guanabara

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Mais de 350 atletas competiram na Marina da Glória e Praia do Flamengo e não reclamaram Foto: Marcelo Horn/Divulgação
Mais de 350 atletas competiram na Marina da Glória e Praia do Flamengo e não reclamaram
Foto: Marcelo Horn/Divulgação

Antes de rolar as provas, os profetas do caos chegaram a batizar a Rio-2016, de ‘olimpíadas do cocô’, para denegrir o evento. Porém, o que se viu foi o contrário. A Baía de Guanabara recebeu, na segunda-feira (8), as primeiras competições de vela dos Jogos Olímpicos. A região da Marina da Glória e da Praia do Flamengo abrigaram dez baterias nas modalidades RS:X feminino e masculino: Laser masculino e Laser Radial feminino, que reuniram mais de 350 atletas.
O bicampeão olímpico britânico Nick Dempsey (Atenas 2004 e Londres 2012) competiu na modalidade RS:X e elogiou o trabalho feito na Baía de Guanabara. “Foi um começo de competição absolutamente perfeito. Estávamos velejando muito rápido e fiquei preocupado em bater em alguma coisa que pudesse atrapalhar meu desempenho, mas nada aconteceu e isso é muito bom para o Rio”, afirmou Nick.
A velejadora brasileira Patrícia Freitas, também da classe RS:X, ressaltou que houve melhorias na qualidade da água. “A água estava ótima, não tive nenhum problema e nem vi nenhuma outra competidora com problemas com o lixo durante a competição”, disse Patrícia.
Para o brasileiro Ricardo Winicki, conhecido como Bimba, que também participou na RS:X, o Rio de Janeiro surpreendeu com a qualidade do local de prova. “O dia estava ensolarado, com vento bom, não tem como reclamar de um ambiente assim. O Rio surpreendeu. Não vi nenhum lixo flutuando na Baía de Guanabara”, avaliou Bimba.
>> Ecobarcos e ecobarreiras – Além das obras de melhorias, o Governo do Estado também tem atuado na contenção do lixo flutuante na Baía de Guanabara. Atualmente, 13 ecobarcos, uma balsa e 17 ecobarreiras instaladas na foz dos principais rios e canais que deságuam na Baía recolhem lixo diariamente. Nos dias de provas, entre 11h e 18h, os ecobarcos atuam no entorno das raias competição para evitar que qualquer tipo de material prejudique o desempenho dos atletas.
Desde 23 de junho, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realiza quatro coletas diárias (às 10h, 12h, 14h e 16h) na Marina da Glória para medir a quantidade de enterococos na água, uma bactéria de origem fecal. E desde 20 de julho, o órgão faz o monitoramento diário de todos os locais de competição, com amostras dentro dos padrões de qualidade brasileiros e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
>> Torcida aprova – Moradora da Gávea, na Zona Sul do Rio, Juliana Montenegro foi à Marina da Glória para acompanhar a competição de vela. A carioca disse que gostou do que viu no local. “A água da Praia do Flamengo está limpa, diferente do que vimos nos últimos anos. É muito bonito ver essa competição no Rio”, disse Juliana.
Há mais de um ano as irmãs Patricia e Ana Castro garantiram os ingressos para a competição de vela. Moradoras do Flamengo, elas foram acompanhar de perto o esporte que só assistiram pela televisão e ficaram felizes com a qualidade e a beleza da água da Praia do Flamengo. “Viemos ver e prestigiar os medalhistas olímpicos brasileiros de vela. Apesar de não entendermos muito da prova, essa é uma importante competição internacional no Aterro, uma área que frequentamos desde a infância. A praia parece estar mais limpa e se esse trabalho de limpeza continuar, será muito bom para nós, moradores do Rio. Agora a praia voltou a ser um verdadeiro cartão postal”, observou Ana.

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