Odebrecht quer R$ 60 milhões por sua parte no Maracanã

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SOS Mário Filho! Depredado, abandonado e saqueado, essa a realidade do ‘novo’ maraca que um dia foi do povão

Enrolada até o talo nas investigações da Operação Lava Jato, a empreiteira Odebrecht está pedindo R$ 60 milhões para repassar os 95% de sua parte no consórcio que gerencia o estádio, segundo o jornal a Folha de S.Paulo. O restante – 5% – pertence à AEG, especializada em gerir arenas esportivas.
A construtora é dona da empresa Maracanã S.A., responsável pela administração do estádio, que foi remodelado para a Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Alegando um prejuízo de R$ 173 milhões, a Odebrecht não quer seguir na gestão da arena. A empreiteira argumenta que o Comitê Rio 2016 entregou o Maracanã com vários reparos a fazer e que não arcará com esses custos.
O comitê, por sua vez, acumula dívidas milionárias por conta dos Jogos e admite não ter dinheiro neste momento para fazer as reformas necessárias – a estrutura da cobertura do estádio, por exemplo, estaria prejudicada. Já o Governo do Estado do Rio de Janeiro, em crise financeira, se recusa a gerir a arena.

Mário Filho (D) ao lado do irmão Nelson Rodrigues, teve seu busto roubado do estádio que idealizou e trabalhou pela construção
Foto: Arquivo/JS

Duas empresas fizeram propostas para comprar a participação da Odebrecht no negócio, ainda de acordo com a Folha de S.Paulo: as francesas Lagardère e a GL Events. A primeira já gerencia dois estádios no Brasil (o Independência, em Belo Horizonte, e o Castelão, em Fortaleza), além de operar em 50 arenas ao redor do mundo. A segunda controla o Riocentro, a Rio Arena, e o Anhembi, em São Paulo. Também fechou um negócio com o Flamengo para que o clube possa mandar seus jogos no Maracanã.
As duas ofertas estão sendo analisadas pela Secretaria do Estado do Rio de Janeiro. Uma resposta deve ser dada até o final de janeiro, conforme informação da Folha de S.Paulo. A empresa que vencer a licitação terá que destinar R$ 5,5 milhões ao governo estadual pelos 30 anos de concessão.
Enquanto o impasse não é resolvido, o Maracanã se encontra em estado de abandono. O gramado apresenta falhas e várias tonalidades de cor. Nesta semana, foram roubados bustos – inclusive o do jornalista Mário Filho, que dá nome ao estádio -, extintores, mangueiras e fiação, escancarando a falta de segurança no local.
As autoridades têm até o dia 25 de janeiro para colocar o estádio em condições mínimas para jogos, já que o Campeonato Carioca começará para os clubes grandes nessa data.
por Jota Carvalho

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