
Foto: Gilvan de Souza
Em meio a uma semana conturbada nos bastidores rubro-negros, e mergulhado em um jejum de vitórias que já dura seis jogos com o Flamengo, o técnico Oswaldo de Oliveira encarou a entrevista coletiva após ensaiar a equipe que encarará o Grêmio, no Sul, com seis desfalques e diversas mudanças, para esclarecer sua posição diante dos acontecimentos recentes. O comandante se mostrou favorável a punição ao atletas, mas percebeu o grupo abatido, de certa forma, pelo acontecido. Entretanto, já deixou claro que quer continuar no cargo por acreditar no projeto.
Oswaldo de Oliveira participou da reunião com a diretoria do Flamengo, na última quarta, que definiu o afastamento de Alan Patrick, Marcelo Cirino, Paulinho, Pará e Éverton por tempo indeterminado. No entanto, o técnico confessou que seu plano era afastá-los apenas do jogo contra o Grêmio. “Eu queria punir, eles erraram comigo. Tenho pedido entrega para voltarmos a vencer, a jogar bem… Essa é minha retórica com todos. Com isso, afastaria desse jogo, já que jogador é passível de falha. A integridade do grupo foi abalada. Por questão administrativa, o clube achou melhor tomar uma decisão (afastamento por prazo indefinido”, esclareceu.
Usando de analogias como o “operário” e o “artista”, o treinador reforçou a importância da disciplina na obtenção de resultados satisfatórios a longo prazo. “Faço isso em todos os clubes, porque não existe disciplina se não priorizar as coisas. Jogador de futebol faz coisas que operário faz, mas não é operário. Faz coisas como um artista, mas não é um artista. É um atleta e tem que se comportar como. Isso passa pela integridade física, que só acontece com o comprometimento”, disse. “Abstinência alcoólica, sono, alimentação… Se não tem isso, não tem disciplina”, destacou o comandante.