Foto: Marcos Ribolli
Aos 20 minutos do segundo tempo era claro que faltavam pernas aos jogadores do Flamengo, desgastados com uma sequência de cinco partidas nos 20 primeiros dias de março. Mas Juan, de 37 anos, teve fôlego de sobra quando teve a missão de parar Gerson, de 18, quando o atacante arrancou pela faixa direita do tricolor, no empate em 0 a 0 com o Fluminense, no domingo, no Pacaembu.
“Difícil analisar, mas o time também ajuda. O importante é que vai a campo dar 100% sempre. Prefiro falar coletivamente. Para estar bem fisicamente o segredo é trabalhar, descansar e se cuidar. Tenho tentando estar bem fisicamente, apesar do excesso de partidas”, observou o zagueiro, que disputou 12 das 14 partidas do Flamengo na temporada. Nas outras duas, foi poupado.
Também com simplicidade, Juan falou sobre o lance em que evitou um contra-ataque do Fluminense cortando a bola de Gerson, quase 20 anos mais novo, que vinha em velocidade. O zagueiro creditou a vitória no duelo à experiência.
“Por ser mais novo, ele tem velocidade, mas talvez eu enxergue as coisas primeiro e posso tirar proveito disso. Conheço um pouco os atalhos”, disse Juan, seguido de um raro sorriso.
Se o camisa 4 demonstrou bom condicionamento físico para agüentar os 90 minutos, o mesmo não se pode dizer do restante do time do Flamengo. No entanto, o técnico Muricy Ramalho fez apenas duas alterações ao longo do clássico contra o Fluminense. Para ele, uma mudança dificilmente alteraria o placar do jogo e poderia pôr seu time em risco.
“Se for para mexer no time, é para fazer algo. Se for mexer por mexer, é melhor deixar quem está lá, porque quando alguém entra não está no mesmo ritmo dos outros. Além disso, num clássico como esse tem que guardar alguma coisa até o final, porque alguém pode ser expulso, ter um problema muscular… essas coisas podem acontecer”, explicou Muricy.
O Flamengo volta a campo amanhã, pela semifinal da Primeira Liga. Dono da melhor campanha na primeira fase da competição, o Rubro-Negro tem a vantagem de decidir a vaga na final em casa, mas sem estádio disponível no Rio de Janeiro, optou por levar a partida contra o Atlético-PR para Juiz de Fora, em Minas Gerais.
