“Foi incrível a recepção. Não tive nem palavras. Não conseguia nem chorar, já tinha chorado tudo que tinha para chorar. Não tenho palavras para explicar”, revelou Vitinho, que, aos 24 anos, estreia no elenco do Flamengo. Ele foi apresentado à torcia no último domingo, após o término da partida entre Flamengo e Sport, quando seu sonho desde moleque virou realidade. Vitinho, visivelmente emocionado, entrou em campo para saudar sua nova e, ao mesmo tempo, velha conhecida família: a dos 40 milhões de torcedores. Aquela partida não foi a estreia dele com a camisa rubro-negra, mas um breve aperitivo do apoio da Nação. O jogador se emocionou com a paixão dos torcedores e elogiou a torcida.
Vitinho deve estreiar amanhã, em partida contra o Grêmio, sua antiga casa, foi a mais cara contração da história do Flamengo: R$ 44 milçhões. Ele pode ser uma vantagem para o ‘Mais Querido’ durante o jogo por conta da experiência adquirida no time rival do Tricolor Gaúcho.”É um sonho de moleque de verdade. Sempre disse para minha família que um dia jogaria no Flamengo. Graças a Deus, esse dia chegou. Estou louco para jogar, estrear, botar isso para fora e dar alegrias ao torcedor”, disse Vitinho.
Quando o juiz encerrou a etapa inicial, foi o início da trajetória do camisa 14 com o Manto Sagrado. Ele caminhou para o círculo central, olhou para os quatro cantos do estádio e, em êxtase, reverenciou a torcida. Depois, foi em direção ao setor Norte, acenou para os milhares de apaixonados que gritavam seu nome, beijou o escudo do Mais Querido e se retirou. Foram poucos, mas inesquecíveis minutos para Vitinho, que sempre sonhou em jogar pelo Flamengo, e para quem estava nas arquibancadas, que aguardava ansiosamente sua chegada.
Vitinho, que vai vestir a camisa 14, participou das atividades de treinamento na manhã de ontem, ao lado de parte do elenco do Flamengo: “Ele [Vinicius Jr] me orientou em campo para as situações que o Flamengo vem jogando, quando se defende e ataca. Me elogiou. Fico feliz de, nesse primeiro contato, pode desenvolver bem. Tem uma experiência de jogo. Muitos que estão lá, jogaram contra mim já. O fato de conhecer e ter jogado lá, na hora do jogo faz uma diferença pela experiência. Acho que conta” .
Em entrevista, Vitinho lembrou ainda a infância pobre no Complexto do Alemão, e falou sobre o sonho de crescimento agora concretizado: “Assim como todas as crianças, eu tive um sonho. Fato de eu acreditar nisso, minha família também e correu comigo. Isso foi fundamental. Tive esse suporte. Sou grato a todo mundo. É legal ter vindo de comunidade porque as crianças podem ter certeza de que se lutarem pelos sonhos, vão conseguir. E a família é fundamental nisso. Tem de ter alguém para dar um empurrão e isso foi o mais importante para mim: minha família comigo e acreditando em mim”, comentou.
