Ações de combate ao roubo de carga no Rio vão até o fim de 2018

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

As ações específicas para combater o roubo de carga no Rio de Janeiro vão integrar os governos do estado e federal, além do setor privado, num planejamento de 18 meses. Também será formado um grupo de trabalho para acompanhar e avaliar as ações, com reuniões quinzenais. O anúncio do Plano Carga Segura foi feito nesta sexta (28), no Palácio Guanabara, sede do governo estadual, após reunião em que participaram o governador Luiz Fernando Pezão, e os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Justiça, Torquato Jardim.

De acordo com o secretário de Estado da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico, Christino Áureo, mais de 70 entidades, sindicatos, federações e empresas de todos os setores da economia participaram do planejamento, com sugestões e demandas.

“A área do desenvolvimento econômico vem sendo afetada, obviamente, porque essas cargas representam a chegada dos produtos, o abastecimento não só da região metropolitana do Rio, abrange o Brasil inteiro, mas no Rio teve uma escalada recente que chamou a atenção e, por isso, o nível de resposta vai ser bastante intenso”, disse.

Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), em cinco anos o prejuízo decorrente do roubo de carga no Brasil passa de R$ 6 bilhões. No Rio de Janeiro, a estimativa é que o preço de alguns produtos fique 20% mais caro por causa do delito e as transportadoras chegaram a ameaçar uma paralisação caso o problema não seja resolvido.

O secretário de Estado de Segurança, Roberto Sá, lembrou que o roubo de carga tem crescido no estado  e está relacionado também ao tráfico de drogas, como uma forma de financiamento do crime organizado.

“Solicitamos apoio da Força Nacional e fizemos um planejamento estratégico especial para esse delito na área que ele era mais significativo. Esse aporte demonstrou que ele é eficaz, mas não estaria sendo suficiente em razão da mobilidade e do deslocamento dessa mancha [criminal] para outros polos que passaram a ter também indicadores significativos. O roubo de carga passou a mudar de lugares, e os recursos não eram suficientes para acompanhar o descolamento da mancha. Agora com toda essa integração vai ser possível”, disse o secretário.

Sem divulgar valores, prazos, nem estratégias de ação, Roberto Sá informou que os aportes do governo do estado e federal já foram dimensionados, tanto os recursos financeiros como o humano e material.

O superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Rio de Janeiro, José Roberto Gonçalves de Lima, confirmou que o efetivo de 380 homens anunciado na semana passada já está trabalhando de forma plena tanto na região metropolitana quanto nas divisas do estado. “Estamos atuando nas fronteiras desde o Rio Grande do Sul até o Mato Grosso do Sul, fazendo o monitoramento tendo em vista a vinda de armas e drogas para o Rio de Janeiro. Começou antes da operação no Rio e os resultados são bastante expressivos. Já são dez dias que não temos tentativa de roubo de carga em rodovia”.

O governador Luiz Fernando Pezão destacou que não haverá ocupação de locais específicos, mas que o efetivo da Força Nacional ficará à disposição das operações no estado. “Vamos contar com um número significativo de homens à disposição das nossas operações. Não vão ser locais ocupados como foram antigamente no Alemão, na Maré, mas eles vãos estar à disposição”.

Pezão defendeu mudança na legislação, para aumentar a pena para quem porta arma de guerra, como fuzil, sugestão que será levada pelo Fórum de Governadores à Câmara dos Deputados e ao Senado. Ele destacou que os recursos do Plano Carga Segura também serão investidos na área social.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

Nunca perca nenhuma notícia importante. Assine nosso boletim informativo.

Publicidades

error: Conteúdo protegido!