Área onde coronel da PM foi morto tem média três ataques por dia

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Policiamento foi reformado depois de mais uma morte de policial

A 26ª DP (Todos os Santos), responsável por investigar crimes ocorridos na Rua Lins de Vasconcelos, onde o coronel Luiz Gustavo Teixeira foi assassinado nesta quinta-feira, registrou 76 casos de ataques contra motoristas nos 25 primeiros dias de outubro — até a véspera do homicídio, portanto. A conta considera tanto as ocorrências envolvendo roubos de carro quanto os chamados roubos no interior de veículo, quando o ladrão leva apenas pertences da vítima (situação comum em arrastões, por exemplo). A média supera os três assaltos diários do gênero na área em questão.

Considerando apenas o bairro do Méier, o maior da região, houve 193 casos de roubos de automóvel ou no interior do veículo no primeiro semestre deste ano. O número é 332,8% maior do que o do mesmo período em 2016, quando a soma dos dois tipos de registro chegou a 58 ocorrências.

Não por acaso, a região do 3º BPM (Méier) tem protagonizado, recentemente, uma série de casos de violência. Na manhã do último domingo, quando chegava para o treino, o goleiro Jefferson, do Botafogo, foi alvo de criminosos no Engenho de Dentro. Ele teve o carro e outros pertences levados pelo bando, numa ação flagrada por câmeras de segurança.

No dia 6 de outubro, um PM reformado reagiu a um assalto e matou um ladrão na Rua Carolina Méier. Na noite do dia seguinte, foi a vez de um delegado da Polícia Civil se ver diante da mira dos bandidos, ao lado de sua mulher, na Avenida Amaro Cavalcanti. Os criminosos fugiram com o veículo do policial, além de armas e um colete.

As estatísticas se refletem na sensação de medo de quem vive na vizinhança. E a esquina entre as ruas Hermengarda e Lins de Vasconcelos, onde o coronel morreu, é um dos pontos mais críticos, na visão dos moradores.

“Essa esquina tem assalto todos os dias, exatamente nesse sinal onde o policial foi morto”, conta um homem que mora em frente ao local, pedindo para não ser identificado.

 

Reforço policial

 

Pouco depois da morte do coronel, o Complexo do Lins, conjunto de favelas situado próximo ao local do homicídio, registrou um intenso tiroteio. A PM, entretanto, não confirmou a relação entre os dois fatos. Segundo o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Lins, agentes se depararam com homens armados durante um patrulhamento na Comunidade do Amor.

Horas mais tarde, por volta das 16h, a PM deu início a uma operação de larga escala na região do Grande Méier, essa sim, com o intuito de capturar envolvidos na morte do comandante do 3º BPM (Méier). Ao todo, cerca de 130 homens participaram da ação. Além de policiais do próprio batalhão que era comandado pelo coronel Teixeira, foram mobilizados o Comando de Operações Especiais (COE) e outros batalhões de área, como o 4º BPM (São Cristóvão), o 6º BPM (Tijuca), o 16º BPM (Olaria) e o 17º BPM (Ilha do Governador).

De acordo com a corporação, a varredura se estendeu por algumas das principais vias do bairro, como as ruas Barão de Bom Retiro e 24 de Maio. Os morros da Cachoeira e da Cachoeirinha, bem como o próprio Complexo do Lins, também tiveram o policiamento reforçado. A Serra Grajaú-Jacarepaguá chegou a ser totalmente interditada ao longo dos trabalhos da PM, que incluíram pontos de intervenção e comboios nos acessos da Linha Amarela, com o apoio dos batalhões de Policiamento em Grande Eventos (BPGE) e de Policiamento em Vias Expressas (BPVE).

“O reforço, na verdade, é por tempo indeterminado. Estamos montando um QG na sede do 3º BPM”, afirmou o coronel Wolney Dias, comandante-geral da PM.

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