Arsenal de Guerra tem segurança reforçada após confronto entre facções rivais no Caju

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Soldados do Exército fazem blitz em frente ao Arsenal de Guerra do Rio, no Caju Foto: Divulgação

Por causa da guerra entre facções rivais pelo domínio do Complexo do Caju, na Zona Portuária do Rio, o Comando Militar do Leste (CML) reforçou nesta quinta-feira(17) a segurança no entorno do Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro, localizado no bairro. O auxílio é dado por 100 militares da Polícia do Exército. A unidade fabrica e faz a manutenção de armas equipamentos militares, como morteiros. A disputa entre as quadrilhas deixou dois mortos e dois feridos na noite desta quarta-feira.

Questionado sobre os motivos da ação, o CML informou que a “inteligência militar” vem monitorando o aumento dos confrontos entre facções criminosas pela disputa de territórios no Rio “e as ações desses grupos para obtenção de armas para o enfrentamento”. O reforço faz parte da operação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), sancionada pelo presidente Michel Temer em julho. Militares fizeram blitz em frente ao Arsenal de Guerra.

Ainda segundo o CML, “o reforço garante a segurança dessa Organização Militar e contribui para os esforços realizados pelas Forças de Segurança no combate ao crime organizado, no contexto das ações em apoio ao Plano Nacional de Segurança, fase Rio de Janeiro”. O reforço será mantido até que a situação se normalize.

Além do reforço do Exército nas proximidades do Caju, a PM também reforçou o patrulhamento no complexo com homens do 22º BPM (Penha) e da Unidade de Polícia Pacificadora. Não foram registrados tiroteios na região nesta quinta-feira.

Segundo informações da Polícia Civil, no início da noite desta quarta, traficantes do Comando Vermelho (CV) tentaram tomar o Caju, dominado por criminosos do Amigos dos Amigos (ADA). Os confrontos deixaram dois suspeitos mortos — um de cada quadrilha — e dois moradores feridos sem gravidade. A tentativa de invasão está sendo investigada pela 17ª DP (São Cristóvão), responsável pela área.

Apesar dos ataques do CV, os criminosos da facção não conseguiram tomar o complexo. A polícia suspeita que o ataque dos invasores tenha sido guiado por criminosos que são oriundos do Caju e pertenciam ao ADA, mas trocaram de facção. Informações iniciais apontam que os bandidos do CV se concentraram primeiro na favela da Mangueira, na Zona Norte. De lá, partiram para a Barreira do Vasco, que fica próximo ao Caju.

A suspeita é de que os bandidos que tentaram a invasão sejam oriundos de diferentes comunidades dominadas pelo CV, como Complexo do Alemão, na Penha, além de Nova Holanda e Parque União, ambas no Complexo da Maré.

Segundo informações da polícia, os dois moradores baleados ficaram feridos sem gravidade e já receberam alta do hospital.

No fim de setembro deste ano, policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) prenderam Luiz Alberto Santos de Moura, o Bob do Caju, um dos chefes do tráfico na comunidade. Segundo informações da Polícia Civil, o criminoso foi um dos responsável por auxiliar a invasão à favela da Rocinha, dias antes de sua captura. Integrante do ADA, ele teria dado apoio a Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, na guerra contra Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157. Foram apreendidos 10 fuzis que seriam mandados para a favela de São Conrado.

Rogério era integrante do ADA e comandava a Rocinha a mando de Nem, mas passou para o Comando Vermelho após entrar em guerra com o seu antigo aliado.

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