Batalhão de Ações com Cães comemora 60 anos com recorde em apreensões de drogas

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O subtenente reformado Sérgio Sebastião da Silva, de 61 anos, é referência no adestramento na unidade e dedicou 40 anos a corporação
O subtenente reformado Sérgio Sebastião da Silva, de 61 anos, é referência no adestramento na unidade e dedicou 40 anos a corporação

Batendo recorde de apreensões de drogas, é assim que o Batalhão de Ações com Cães (BAC) da Polícia Militar do Rio de Janeiro irá comemorar 60 anos na sexta-feira (6). Formado por 189 homens, entre adestradores e condutores especializados, a menor unidade da PM conta com 62 cães e atribui o excelente desempenho à mudança no direcionamento do grupo.
No batalhão há 11 anos, o comandante do BAC, o coronel Marcelo Nogueira, mostrou às demais unidades da corporação que o batalhão poderia ampliar as atividades, além do policiamento em praia ou praça pública, o batalhão passou a participar de incursões nas comunidades do Rio. De janeiro a setembro deste ano, já foram apreendidas 7,1 toneladas de drogas em operações realizadas pelo BAC. 1.100 apenas na comunidade de Manguinhos, na Zona Norte do Rio.
Foi em 2007, nos Jogos Panamericanos, que perceberam a necessidade de estabelecer uma rotina de treinamento maior, principalmente com os cães farejadores. Foi a partir daí que a unidade passou a realizar operações, que geravam estatísticas para outros departamentos da polícia no Rio de Janeiro. “Redirecionamos a aplicação, fazendo primeiro a divulgação dentro da corporação”, declarou o coronel Nogueira.
Ainda segundo o comandante do BAC, o marco da mudança foi a ocupação do Santa Marta, em 2008, quando o BAC entrou na comunidade para dar apoio ao Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e ao Choque. “Desde então, a unidade passou a estar presente em todas as ações de pacificação”, explicou o coronel.
As capturas de drogas são expressivas nas operações realizadas nas comunidades do Rio. Em 2014, o BAC apreendeu 3.680 quilos de drogas em Acari. Este ano, o maior volume apreendido foi em Manguinhos: 1.100 toneladas de drogas.
O BAC é único no país em seu formato. Agora, a unidade se prepara para ocupar a nova sede no COE, em Ramos, na Zona Norte, onde terá espaço para administração e dois alojamentos. A previsão é de que seja instalado um centro veterinário, a Casa de Faro, destinada às atividades de treinamentos dos cães, e um centro de simulações de ações.

Quatro décadas dedicadas ao BAC

O subtenente reformado Sérgio Sebastião da Silva, de 61 anos, dos quais 40 foram dedicados ao BAC, é referência no adestramento na unidade. “Não é só você saber adestrar, tem que ter um quê a mais, que é saber lidar com o cão, saber buscar nele o seu aprendizado”, explicou ele.
Em 1974, aos 19 anos, o subtenente ingressou na Polícia Militar, sendo designado para o então Destacamento de Atividades Especiais (DAE). Lá, existia um canil e ele seguiu na atividade com cães. Com o tempo, se apaixonou pelo ofício de adestrador e nele seguiu até 2003, quando foi reformado.
O ponto alto da carreira foi em 2001, quando, com a ajuda do cão Athos, encontrou os restos mortais do jornalista Tim Lopes e de outras pessoas. “Sou o único que entrou no canil e não saiu mais, a não ser para fazer cursos”, disse Silva.
Em 2003, foi para reserva e, de 2008 até hoje, voltou a prestar serviços para o BAC pelo programa Tempo Certo, que traz de volta homens da reserva que desempenharam bem as suas funções. Com isso, Silva continua adestrando cães, instruindo os mais novos e ministrando cursos. “Aqui existe a amizade de homem-cão e também existe a amizade do homem com o homem. E isso é importante em um grupo”, afirmou o PM.

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