O Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Hanseníase, celebrado neste sábado (5), reacende o alerta. População poderá se consultar e tirar dúvidas sobre a doença em evento no Centro do Rio
Se você tem manchas esbranquiçadas e avermelhadas dormentes ou sem sensibilidade na pele é bom ficar em alerta e procurar o quanto antes uma unidade básica de saúde. Isso pode indicar hanseníase, uma das doenças mais antigas da história e que ainda é um grande desafio para a saúde pública, embora tenha cura. Com o objetivo de sensibilizar sobre o tema, na próxima sexta-feira (4), quem passar pelo Centro do Rio poderá se consultar com profissionais da área e tirar dúvidas sobre a doença. Atualmente, 1.049 casos estão sendo tratados no estado, mas o número de pessoas com hanseníase pode ser ainda maior. A falta da busca ao tratamento contribui para o avanço silencioso da doença.
“O alerta está sendo feito. A população precisa desconfiar, ao primeiro sinal ou sintoma, e procurar um profissional de saúde para um diagnóstico correto. A oferta do serviço e o esclarecimento sobre a doença são fundamentais para desmistificar a hanseníase. Estamos trabalhando em conjunto com os municípios, orientando os profissionais de saúde para uma busca ativa e a diminuição real dos casos”, ressalta o Secretário de Estado de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr.
A ação promovida pela Secretaria de Estado de Saúde, em parceria com o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN) e a Sociedade Brasileira de Dermatologia, acontecerá na Cinelândia, no Centro do Rio, a partir das 9h. Uma carreta de atendimento volante oferecerá consultas dermatológicas para análise e diagnóstico da doença, com distribuição de panfletos informativos e encaminhamento para unidades de saúde, em casos de detecção da micobactéria. O evento contará ainda com a apresentação artística do Teatro Bacurau, que alertará de forma lúdica sobre os sinais e sintomas, visando estimular o diagnóstico precoce e o combate ao preconceito ainda existente sobre a doença.
“A gente espera que as pessoas procurem o atendimento móvel, não só com a suspeição de algum sintoma, que é o primeiro passo para o diagnóstico, mas para que entendam mais sobre a hanseníase e possa, assim, propagar esse conhecimento entre os que estão à sua volta. Isso ajuda a quebrar os preconceitos enraizados e alertar para a importância do diagnóstico na fase inicial da doença que, aliado ao tratamento correto, é essencial para a cura”, explica o gerente de Dermatologia Sanitária da SES, André Luiz da Silva.
No sábado, dia 5, a partir das 8h, será a vez do Parque Madureira receber palestras, consultas e atividade teatral em atenção ao Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Hanseníase, celebrado no mesmo dia. Ao longo do mês de agosto, ainda acontecerão outras atividades, que incluem capacitações de gestores e seminário com a presença do Secretário de Estado de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr., secretários de saúde e representantes municipais, a fim de debater o panorama da doença no estado e fomentar a importância da mobilização de combate à doença em cada cidade fluminense.
A conscientização da população e de profissionais de saúde fortalece ainda mais o combate à doença, tornando-os mais atentos às principais manifestações clínicas da doença e aptos ao tratamento. As ações contam com o apoio e participação do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (COSEMS-RJ), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e secretarias municipais de saúde.