Um comerciante acusa um agente da Força Nacional de Segurança (FNS) — que atua como reforço no combate ao roubo de carga — de atirar contra seu carro, na manhã desta sexta-feira, em Acari, na Zona Norte do Rio. Segundo Marcelo José, de 46 anos, por volta das 7h30 ele passava por uma blitz na Avenida Martin Luther King e, sem aviso, o militar fez o disparo, que atingiu capô de sua picape.
“Ele depois veio todo alterado e disse: “Parece bandido”. Mas não sou bandido. Queria saber como ele faz uma coisa dessas: atira primeiro e pergunta depois. Eu poderia estar morto. Estou aqui dando graças a Deus por estar vivo”, contou Marcelo.
Segundo ele, não houve ordem para que parasse na blitz:
“Eles (os agentes) estavam no meio da rua. Eu passei pela direita, devagar. Estou acostumado a vê-los aqui, todos os dias. Nunca havia acontecido nada. Já entrei em contato com meu advogado. Vou entrar na Justiça contra esse pessoal.
O sargento Idair, que participava da blitz, negou a versão de Marcelo de que não tenha havido ordem para parar. De acordo com ele, o agente levantou o braço.
“Foi levantada a mão para (o carro) parar. O vidro (da picape) é todo escuro. E ele quase atropelou o agente. Além disso, está com irregularidades na documentação do carro”, disse ele.
Ao ser perguntado se a ordem é para atirar em veículos caso eles não parem em blitzes, o militar negou:
“Não existe essa ordem. A ordem não é dar tiro”.
E, em seguida, ao ser questionado se presenciou o momento em que o disparo foi dado, o sargento Idair alegou que estava de costas. A ocorrência seguiu para ser registrada na 39ª DP (Pavuna).