Foto: Marcelo Horn
Pai e filha, Francisco Leonardo Carvalho, de 43 anos, e Giovanna, de 10 anos, participam juntos das aulas do projeto Judô para Todos – Derrubando as Diferenças, no Morro dos Macacos, na Zona Norte do Rio. Coordenada pelo soldado Ranieri Araújo Campos, a ação já tem 60 alunos em quatro turmas. Francisco e Giovanna são exemplos de como os projetos sociais oferecidos nas 38 Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) instaladas no Rio de Janeiro ajudam na qualidade de vida de mais de 14,2 mil moradores de comunidades.
São cerca de 230 atividades gratuitas, entre aulas de lutas, dança e música, reforço escolar, informática e ginástica para todas as idades, desenvolvidas pelos próprios policiais ou por entidades parceiras.
“O rendimento na escola e a saúde da Giovanna melhoraram muito desde que ela começou a lutar. Minha condição física e meu equilíbrio psicológico também. As crianças vêm para cá no horário vago e aprendem algo positivo, que será bom para o futuro delas”, afirmou Francisco.
Na UPP Providência, espaços de convivência e aulas de reforço escolar contemplam 1,4 mil jovens. No Santa Marta, há projetos de artes marciais, futebol e música. No total, 412 pessoas são beneficiadas.
Na Babilônia/Chapéu-Mangueira, cerca de 400 crianças são atendidas. As aulas oferecidas pela ONG Ação Social Pela Música do Brasil reúnem 109 jovens, que participam de orquestras. Há três anos, Daivid Nascimento, de 19 anos, ingressou no projeto para aprender a tocar contrabaixo. Hoje, ele dá aulas no local.
“Conheci pessoas que compartilham os meus sonhos”, contou Daivid.
Parcerias levam ações para outras áreas como Vila Kennedy, Cerro-Corá e Pavão-Pavãozinho/Cantagalo. Em 27 comunidades, os próprios policiais dão aulas de ginástica, inglês, reforço escolar, balé, futsal em seus horários de folga.
Nova geração de lutadores
No Geração UPP, 3,8 mil pessoas de 19 comunidades são atendidas com aulas de judô, jiu-jítsu, karatê, muay thai, kickboxing, taekwondo e capoeira. Os participantes já ganharam medalhas e troféus em competições nacionais e internacionais.
A UPP Macacos tem a maior quantidade de projetos e participantes. São 3,7 mil moradores, sendo 1.056 crianças, em 30 atividades realizadas na Vila Olímpica Arthur da Távola como alongamento, nado sincronizado, vôlei, tênis de mesa, xadrez, atletismo, entre outras, com apoio da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude.
Para o assessor de Polícia de Proximidade da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), major Leonardo Nogueira, as ações ajudam a aproximar a população e a PM. A maioria dos participantes são crianças e adolescentes.
“Os projetos sociais, realizados com o empenho dos policiais, promovem um canal direto de contato com os moradores. Oferecemos noções de cidadania, principalmente para as crianças e adolescentes, que passam a ter acesso a educação, cultura, atividades esportivas e lazer”, disse o major.
