Jovem foi levado para a Cidade da Polícia – Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
vítimas mais procuradas pelos criminosos são crianças de 5 a 11 anos
Um estudante de 22 anos é apontado pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) como o principal compartilhador de pornografia infantil dentre os 81 alvos da operação que a especializada faz, nesta quarta-feira, contra pedófilos. Atualmente, ele estuda para prestar vestibular para o curso de Ciências Sociais.
“Esse rapaz é um dos mais ativos dentro desse esquema de troca de imagens envolvendo pornografia infantil”, contou o delegado Adilson Palácio, titular da DCAV.
A operação acontece desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira e, até às 10h, 27 suspeitos foram localizados durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão e encaminhados para a Cidade da Polícia. Três já foram autuados em flagrante.
Celulares e computadores dessas pessoas também foram apreendidos e levados para a delegacia, para ser realizada a perícia técnica para constatar o armazenamento do conteúdo pornográfico infantil.
VÍTIMAS DE 5 A 11 ANOS
Segundo Palácio, responsável pelas investigações, a faixa etária das vítimas mais procuradas por esses homens são crianças de 5 a 11 anos.
“O pedófilo não tem um perfil definido, mas se eu tivesse um perfil a definir, é que ele sempre aparenta ser muito bonzinho com a criança. Costuma presentear a criança, levá-la para passear, aparenta ser uma pessoa acima de qualquer suspeita. A pedofilia é um mal que atinge todas as classes sociais e faixas etárias”, explicou.
O próximo passo da DCAV é descobrir se além de compartilhar as imagens, esses suspeitos também as produziam.
“Que eles recebiam e compartilhavam as imagens isso a gente já sabe, o que está apurando agora é se existia algum objetivo econômico-financeiro e se algumas das crianças que aparecem ali nas imagens foi abusada por esses pedófilos”, contou o delegado.
APELO AOS PAIS
Palácio também faz um apelo para que os pais monitorem seus filhos, para que eles não entrem em contato com esses criminosos.
“As vezes o pai, a mãe, não quer olhar o que o filho faz na Internet, com quem conversa, para não invadir a privacidade. Fiquem atentos ao que eles fazem na internet. Isso serve tanto para as crianças não serem vítimas, quanto para não compartilharem esse tipo de conteúdo”, finalizou.