Executivo da Saúde confirma que Jairinho teria pedido atestado para levar corpo de Henry

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O laudo feito pelo Instituto Médico Legal (IML) mostrou lesões causadas por ação contundente, fato que acabou revelando as agressões sofridas pelo menino

   
O executivo da Saúde Pablo Menezes, em depoimento dado ao Conselho de Ética da Câmara nesta terça-feira, confirmou e contou detalhes sobre as ligações e mensagens que recebeu do médico e vereador Dr. Jairinho, no dia 8 de março, dia da morte do menino Henry. As tentativa de contato do político com o conselheiro da rede de hospitais D’Or foram motivadas pela intenção do parlamentar de impedir que o corpo da criança fosse encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML).
De acordo com o laudo, que foi feito apesar das tentativas do vereador de impedir, o menino morreu por laceração hepática, provocada por ação contundente. Na análise também foram apontadas equimoses, hematomas, edemas e contusões impossíveis de serem causadas por um acidente doméstico.

Segundo o depoimento do executivo, ele foi contatado por Jairinho a partir das 4h57 no dia da morte do menino Henry. Mensagens como ‘Amigo, me dá uma ligada’, ‘Coisa rápida’ e ‘Preciso de um favor aqui no Barra D’Or’ foram enviadas pelo vereador logo em seguida. Menezes ainda conta que duas horas depois, recebeu outra mensagem e chegou a responder o parlamentar, que já havia pedido anteriormente outros favores como atendimento para pacientes com Covid-19.
Ainda de acordo com o depoimento do executivo, em ligação, com tom calmo e sem demonstrar nenhuma emoção, Jairinho contou sobre a morte do enteado e pediu para que Menezes ‘agilizasse o óbito’. O conselheiro da rede chegou a ligar para o hospital e foi informado que seria necessário o envio do corpo para o IML devido ao quadro de parada cardiorrespiratória em que chegou à unidade. ‘Vê se alguém dá o atestado para a gente levar o corpinho e virar a página’, disse o político, em outra mensagem. Diante disso, Pablo afirmou que não poderia atender o pedido do vereador.
“Eu não atenderia qualquer pedido ilegal e tinha a certeza de que os profissionais do hospital também não atenderiam”, frisou Pablo. O executivo também confirmou ter sido chamado novamente por mensagens e ligações em 11 de março pelo vereador e afirma não ter respondido pois se sentiu ‘constrangido’ com o pedido anterior de Jairinho.
O relator Luiz Ramos Filho (PMN) irá avaliar os depoimentos. A conselho aguarda as respostas do governador Cláudio Castro, que, segundo a polícia, teria recebido telefonema de Jairinho, após o crime, para pedir que interferisse nas investigações. “Agora falta o governador Cláudio Castro, que tem até esta quarta-feira para enviar as suas respostas por escrito ao Conselho de Ética. Já estamos desde o dia 24 de maio na fase instrutória do processo. Pretendemos finalizar antes do recesso de julho”, disse Ramos Filho.
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