Explosão afeta mais de 50 imóveis e deixa oito feridos em São Cristóvão

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O estrondo foi sentido há cerca de três quilometros do local e 14 imóveis foram destruídos
O estrondo foi sentido há cerca de três quilometros do local e 14 imóveis foram destruídos

Uma forte explosão na madrugada de ontem afetou 53 imóveis residências e comerciais em São Cristóvão, no Rio.Destes, 13 foram atingidos diretamente, três desabaram totalmente e dez estão em ruínas ou condenados. Quarenta imóveis estão interditados por medida de segurança. Oito pessoas, incluindo uma criança, ficaram feridas. As vítimas foram encaminhadas para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro da cidade. A principal suspeita da motivação da explosão é de vazamento de gás. O comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, coronel Ronaldo Alcantra, informou que os trabalhos da corporação devem durar de dois a três dias.

Dos oito feridos retirados dos escombros, Carlos R. Tomás, de 22 anos foi atendido no local e liberado. Ana Q. Araújo, de 38 anos; Manoel L. Araújo, de 84 anos; Mauro L. Araújo, de 44 anos; Jair C. Silva, de 27 anos; Maria Márcia, de 28 anos, uma menina de nove anos e Valdecir Galdino da Silva, foram levados para o hospital municipal e até às 16h, cinco delas haviam sido liberadas do Souza Aguiar. Apenas a menina de nove anos e Manuel Araújo permanecem estáveis em observação.

A maior parte dos imóveis atingidos fica na Rua São Luiz Gonzaga, onde há pedaços de concreto, entulho e muito vidro espalhados, além da Rua Fonseca Telles e no Campo de São Cristóvão.A Defesa Civil interditou os imóveis que foram afetados pela explosão. O risco de desabamento atinge 13 imóveis, os outros 40 foram interditados de forma preventiva. A causa do acidente vai ser investigada pela Polícia Civil, mas segundo o coronel Ronaldo Alcântara, indícios apontam para a possibilidade de ter ocorrido um escapamento de gás. “Nesse momento, nosso trabalho é focado na busca de vítimas. A posteriori, vamos ver nos nossos registros se havia documentação legal ou não dos estabelecimentos”, disse o comandante.

Sete quarteis do Corpo de Bombeiro foram acionados para atuar na ação de resgate, que contou com cães farejadores
Sete quarteis do Corpo de Bombeiro foram acionados para atuar na ação de resgate, que contou com cães farejadores

Sete quarteis do Corpo de Bombeiro foram acionados para ajudar na ação e três cães farejadores ajudam no resgate a outras vítimas. Os bombeiros usaram duas retroescavadeiras e serras elétricas na busca a possíveis vítimas soterradas. “Não trabalhamos com a hipótese de ter mais alguém sob os escombros, porque não há reclamação nem de parentes nem de família, mas o protocolo a ser seguido é que a gente sempre leve em consideração a presença de outras pessoas e, por isso, vamos continuar o trabalho de resgate”, declarou Alcântara durante a busca.

A Prefeitura do Rio informou que os imóveis afetados não possuíam gás encanado. Segundo o subsecretário municipal de Defesa Civil, Márcio Motta, do total de imóveis foram afetados. Entre eles estão dois restaurantes e uma farmácia, que seriam o foco da explosão. “Conversei com o dono da pizzaria para saber que tipo de gás era utilizado e ele falou que usava gás engarrafado a granel nos fundos do imóvel. Mas que tinha cuidado de orientar os funcionários para sempre desligar o gás, por segurança. Também é precoce dizer que foi o gás dele que vazou. São cerca de 11 quitinetes, que deveriam ter lá seus aparelhos, gás engarrafado, seus botijões de 13 quilos”, declarou Motta. A Companhia Estadual de Gás (CEG) e a Light cortaram temporariamente o abastecimento na região por precaução.

Por meio de nota, a CEG esclareceu que há cerca de 15 dias sanou um vazamento de gás na tubulação da companhia que passa pela Rua São Luiz Gonzaga, mas garantiu que tratava-se de “escapamento num ponto distante do local do acidente” e que “não há qualquer relação com o acidente de hoje.”
Trânsito da região é prejudicado

Cet-Rio montou um plano de contingência para desviar o trânsito. Até o fechamento desta edição, permaneciam interditadas a Rua São Luiz Gonzaga, entre o Largo da Cancela e o Campo de São Cristóvão, a Avenida do Exército e a Rua Fonseca Teles, a partir da Rua Parque.

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio aconselhava os motoristas a tomarem desvios.No sentido centro, os veículos que vêm da Rua São Luiz Gonzaga devem seguir pelas Ruas Chaves de Faria, Catalão e Avenida Rotary Internacional, junto à Quinta da Boa Vista. No sentido Benfica, os motoristas que vêm do campo de São Cristóvão devem virar à direita na Rua General Argolo, entrar à esquerda na Rua General Bruce, virar à direita na Rua São Januário, retornando pela Rua Emancipação para acessar novamente a Rua São Luiz Gonzaga.
Vazamento de gás já causou outros acidentes

Em maio deste ano, o vazamento de gás no aquecedor do banheiro de um apartamento em São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro, também causou uma grande explosão. O incidente deixou o proprietário do apartamento, o alemão Markus Muller, de 51 anos, em coma por 12 dias, que não resistiu aos ferimentos. Markus teve 50% do corpo queimado e cortes superficiais de vidro.

Quatro anos antes, no Centro do Rio, três pessoas morreram e outras 17 ficaram feridas na explosão de um restaurante. O incidente aconteceu em outubro de 2011 no restaurante Filé Carioca, que funcionava no térreo do edifício Riqueza, na Rua da Carioca. As vítimas foram arremessadas a cerca de 40m do local do acidente e o prédio foi evacuado com risco de desabamento. Na época, ficou comprovado que um botijão de gás ficou aberto na noite anterior. Quando o chefe de cozinha chegou ao local nesta manhã e acendeu a luz, houve a explosão.
Por: Gabriele Souza (gabriele.souza@jornalhoje.inf.br)

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