Está marcado para as 11h desta sexta-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio, o enterro de Marcilene Soares Gama, de 49 anos. O velório já começou. Conhecida por aplicar o “golpe do bumbum” — ela injetava silicone industrial em pacientes —, a falsa médica foi encontrada morta na manhã do último sábado, a poucos metros de sua casa, no Recreio dos Bandeirantes, também na Zona Oeste. A principal suspeita da polícia é de que o crime tenha sido motivado por vingança.
Marcilene, também conhecida como Lenny Gama, foi tirada de seu apartamento, na Rua Genaro de Carvalho, por um homem que, segundo a Divisão de Homicídios, acessou o prédio por um terreno baldio vizinho. A mulher foi imobilizada, amarrada e levada em seu carro, um Kia, até o local onde foi morta com um tiro no rosto. O automóvel foi recuperado pela polícia, perto do lugar do crime.
Imagens de câmeras de segurança do prédio onde morava a falsa médica mostram o suspeito do crime circulando pelo condomínio e deixando o prédio com a mulher. O homem é procurado pela DH.
Marcilene foi denunciada por destruir o bumbum de pelo menos dez mulheres e, segundo investigações, agia desde 2013, no Rio e em São Paulo. A falsa médica chegou a ser presa duas vezes. Em 26 de julho de 2013, o flagrante foi cumprido após ela aplicar ‘aqualift’ em uma mulher em Bangu, na Zona Oeste do Rio. No mesmo período, Margarete Lopes da Silva Castro, identificada como sua comparsa, também foi presa pelo mesmo crime por policiais da 34ª DP (Bangu).
Já em 2015, Marcilene foi presa no flat de um bairro nobre de São Paulo, ocasião em que sua filha também foi levada pela polícia. As duas atendiam pessoas em hoteis da região, de acordo com as investigações. De lá para cá, a criminosa respondia a processos judiciais em liberdade.