Farc mantêm sua vontade de paz, diz líder após derrota em plebiscito

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O líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, garantiu que o grupo mantém sua vontade de paz – mesmo após derrota no referendo realizado no domingo (2) no país e que decidiu pelo “não” a um acordo de paz entre a guerrilha e o governo colombiano.
“As Farc lamentam profundamente que o poder destrutivo dos que celebram o ódio e o rancor tenha sido incutido na opinião da população colombiana. Com o resultado, sabemos que o nosso desafio como movimento político é maior e nos requer mais força para construir a paz estável e duradoura”, disse.
Ainda em sua declaração, Timochenko destacou que as Farc reiteram sua disposição em usar apenas a palavra como arma de construção para o futuro. “Ao povo colombiano, que sonha com a paz, que conte conosco. A paz triunfará”, concluiu.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou hoje (3) que não vai desistir de assinar o acordo de paz com as Farc após uma derrota inesperada nas urnas. “O cessar-fogo é bilateral e definitivo. Não desistirei. Buscarei a paz até o último dia do meu mandato”, disse, em sua primeira declaração após a divulgação do resultado do referendo.
O conflito
A Colômbia enfrenta uma guerra com as Farc há 52 anos. O conflito já provocou a morte de 220 mil pessoas. A guerrilha tinha prometido que, caso o acordo fosse assinado, se tornaria um partido político. O governo colombiano não precisava submeter o acordo de paz a um referendo, mas decidiu convocar a consulta popular para dar legitimidade política à decisão.

Temer pede que forças políticas da Colômbia continuem em busca da paz

O presidente Michel Temer e o ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmaram ontem que a rejeição dos colombianos ao acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) não deve significar a desistência da busca pelo fim do conflito no país.
Em nota assinada pelos dois, Temer e Serra dizem que as forças políticas da Colômbia precisam continuar procurando uma “solução pacífica” para a questão, mesmo após derrota no referendo, ocorrido no domingo (2).
Assinado na última segunda-feira (26) entre o governo colombiano e líderes das Farc, o histórico acordo de paz, obtido após anos de negociações, foi rejeitado por 50,21% da população da Colômbia. Temer e Serra afirmam respeitar a opção “da maioria dos eleitores colombianos” e se colocam à disposição para colaborar “intensamente” num esforço pela paz no país.
“Consideramos que não se deve desistir da causa da paz no país. Nesse sentido, encorajamos o governo, as Farc e todas as forças políticas da Colômbia a prosseguirem na busca de uma solução pacífica para esse conflito de meio século que tanto sofrimento causou ao povo colombiano”, afirma o presidente e o chanceler no comunicado.
Nesta segunda-feira, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o líder das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, manifestaram interesse em seguir construindo uma paz “estável e duradoura” na Colômbia, apesar do resultado do referendo.
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

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