Forças Armadas fazem operação na Vila Kennedy, no Rio

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Cerca de 900 militares das Forças Armadas atuaram ontem na Vila Kennedy, na zona oeste do Rio de Janeiro
Fotos: Agência Brasil

Cerca de 900 militares das Forças Armadas atuaram ontem na Vila Kennedy, na zona oeste do Rio de Janeiro, com o emprego de blindados, aeronaves e equipamentos pesados de engenharia. A operação foi coordenada pelo Gabinete de Intervenção Federal e envolve o Comando Conjunto e a Secretaria de Segurança Pública. Os militares fizeram o cerco, estabilização dinâmica da área e desobstrução de vias. A Polícia Civil atuou para cumprir mandados de prisão.
“Algumas ruas e acessos nessas áreas poderão ser interditados e setores do espaço aéreo poderão ser controlados, oportunamente, com restrições dinâmicas para aeronaves civis”, informa a nota divulgada pelo Comando Militar do Leste minutos antes da ação.
As operações dos aeroportos Santos Dumont e Internacional Tom Jobim/Galeão não foram afetadas.

ONU preocupada com ações das forças armadas

O alto comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, demonstrou ontem preocupação com o uso de forças armadas para o combate ao crime em geral e citou especificamente a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro. “No Brasil, eu estou preocupado com a recente adoção de um decreto que dá a forças armadas autoridade para combater o crime no estado do Rio de Janeiro e colocam a polícia sob o comando do Exército”, disse Hussein ao discursar na 37ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça.
No dia 16 de fevereiro, o presidente Michel Temer assinou decreto nomeando o general Walter Souza Braga Netto interventor na segurança pública do estado do Rio. O texto concedeu plenos poderes para o general atuar em todo setor de segurança fluminense, ou seja, as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros Militar.
Zeid Al Hussein disse que Forças Armadas não são especialilzadas em segurança pública e investigação e pediu que o governo garanta o respeito aos direitos humanos. “Peço ao governo para garantir que as medidas de segurança adotadas respeitem os parâmetros de direitos humanos e que medidas efetivas sejam adotadas para evitar filtragem racial [seleção de suspeitos com base na cor de pele] e a criminalização dos pobres”.
O alto comissário falou sobre a instalação de observatórios para acompanhar a intervenção e ressaltou a importância da participação da sociedade civil. Em seu discurso, o Hussein falou sobre a situação dos direitos humanos em vários países.

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