
O comandante-geral da PM, coronel Wolney Dias, anunciou nessa quinta-feira (26), em entrevista coletiva no 3º BPM (Méier), que quer ajuda das Forças Armadas para reforçar a segurança no Rio. Um dos locais onde os militares devem atuar é o Complexo do Lins. A Polícia Militar suspeita que os criminosos responsáveis pela morte do comandante do 3º BPM sejam da comunidade.
Não será a primeira vez que os militares vão atuar no Lins. Em agosto deste ano, um contingente de 5 mil homens foi deslocado para atuar lá. Apesar da grande mobilização, o resultado foi bem aquém do esperado, já que nenhum fuzil foi achado. A operação terminou com 15 presos e três pistolas e duas granadas apreendidas.
Dessa vez, a polícia espera que o grande efetivo seja capaz de dar uma resposta à morte do oficial. Wolney aguarda uma reunião com representantes das Forças Armadas para requisitar oficialmente o reforço.
“O pedido não foi formalizado, mas faz-se necessária a presença das Forças Armadas”, disse Wolney.
Nessa quinta-feira, a PM também reforçou o policiamento nos acessos à Linha Amarela. Nos próximos dias, esses “pontos de interceptação” nas vias expressas também serão mantidos. O reforço nessas vias também é discurso que se repete nos momentos de crise.
Há dois anos, em novembro de 2015, a cúpula da Segurança do Rio anunciou reforço nas vias expressas após dois assaltos com grande repercussão no Centro do Rio.
O Secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, chamou a morte do comandante de “atentado à democracia”: “Não vamos descansar até colocar as mãos nesses criminosos”.