França declara guerra e aguarda decisão da ONU

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François Hollande (c )  pediu que parlamentares e a população reajam com “sangue frio” ao terrorismo Foto: Élysée – Présidence de la République française
François Hollande (c ) pediu que parlamentares e a população reajam com “sangue frio” ao terrorismo
Foto: Élysée – Présidence de la République française

O presidente francês, François Hollande, apresentou ontem um pacote de medidas antiterror em pronunciamento ao Parlamento, realizado no Palácio de Versalhes. O documento prevê a prorrogação no estado de emergência por três meses, revisão da Lei Antiterrorismo de 2012 e da própria Constituição francesa. O chefe de Estado defendeu que as penas aplicadas aos terroristas sejam mais longas e anunciou que irá encontrar nos próximos dias seus colegas americano e russo, Barack Obama e Vladimir Putin, para formar “uma grande e única coalizão” contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que assumiu os atentados que fizeram mais de 100 mortos e 352 feridos, na noite de sexta-feira (13) em Paris.

“A França está em guerra”, declarou Hollande, ao pedir que os parlamentares e a população reajam com “sangue-frio” ao terrorismo. Ele afirmou que o estado de emergência, deve se estender por três meses. O documento, que deverá ser apresentado pelo primeiro-ministro Manuel Valls e avaliado pelos parlamentares até o fim da semana, também deverá incluir o aumento de milhares de postos nos Ministérios da Justiça e da Defesa para aumentar os esforços de combate ao terror. François Hollande anunciou que irá pedir ao Conselho de Segurança da ONU uma resolução destacando “a vontade comum de lutar contra o terrorismo”.

Hollande ressaltou também a necessidade de que a proposta de alterações na Constituição permita que eles possam “expulsar mais rapidamente estrangeiros que representem uma ameaça” e disse que cidadãos com dupla cidadania devem perder a cidadania franceses se representarem risco de terrorismo ao país. “Não estamos em uma guerra de civilizações, porque esses assassinos não representam uma civilização. Estamos em guerra contra o terrorismo jihadista”.

Ataques coordenados

Os terroristas promoveram uma série de ataques simultâneos em seis locais de Paris, na noite de sexta-feira (13). O Estado Islâmico assumiu a autoria dos atentados, alegando ser uma resposta aos bombardeios realizados pela França e Estados Unidos na Síria e no Iraque. Além dos 132 mortos, outras 352 pessoas ficaram feridas, três delas brasileiros.
Os brasileiros feridos são: Gabriel Sepe, com tiros nas costas e na perna, Camila Issa, com tiros de raspão nas mãos e pernas, e Daniel Ribeiro, ferimentos leves provocados por estilhaços de vidro. Todos passam bem. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, cerca de 70 mil brasileiros vivem na França.
As explosões ocorreram de sexta-feira, próximo ao Stade de France, durante um jogo entre as seleções da França e Alemanha. Além de três tiroteios simultâneos em restaurantes e na casa de show Bataclan – onde ocorreu o maior número de mortes. Este foi o pior ataque terrorista na Europa desde 2004, quando 191 pessoas morreram em explosões cometidas em quatro comboios da rede ferroviária de trem de Madri.

Paris identifica terroristas

Os investigadores identificaram mais dois terroristas suicidas, responsáveis pelos atentados de sexta-feira (13) em Paris, anunciou ontem o procurador da capital francesa. Um dos terroristas identificados, Ahmad Al Mohammad, tinha passaporte sírio , o qual a autenticidade está sendo verificada. O segundo, Samy Amimour, é um francês de 28 anos, nascido na periferia parisiense, que a justiça antiterrorista já conhecia e era alvo de um mandado internacional de captura desde 2013. Ele esteve envolvido no massacre de 89 pessoas na sala de espetáculos Bataclan.
As emissoras RMC e BFM TV informaram que foi identificado um quarto terrorista suicida, Salim, de 29 anos e natural de Paris. Esse jihadista – do qual ainda não foi divulgado o sobrenome – foi um dos três que acionaram o colete de explosivos no Bataclan.
Antes, as autoridades identificaram Ibrahim Abdelslam, irmão do homem mais procurado na França, Salah, suspeito de ter integrado os comandos jihadistas que cometeram os massacres de Paris, e irmão também de Mohamed, detido sábado (14) em Bruxelas.
O primeiro dos autores dos ataques de Paris identificado pela polícia, Ismael Omar Mostefai, é supostamente filho de uma portuguesa e de um argelino, informou no último domingo (15) o New York Times, citando o presidente da Câmara de Chartres. Mostefai foi um dos que atacaram o Bataclan.

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