França recebe “apoio unânime” da União Europeia

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O porta-aviões Charles de Gaulle deverá se juntar à luta contra o Estado Islâmico a partir desta  quinta-feira Foto: Patrick Valasseris/Agência Sputinik
O porta-aviões Charles de Gaulle deverá se juntar à luta contra o Estado Islâmico a partir desta quinta-feira
Foto: Patrick Valasseris/Agência Sputinik

A União Europeia (UE) está ao lado da França na guerra contra o terrorismo. O pedido de assistência militar feito pelos franceses após a sequência de ataques terroristas em Paris, na última sexta-feira (13 )foi aceito, de forma unânime, anunciou ontem (17) a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.
“Hoje, a UE, pela voz de todos os Estados-Membros, manifestou o maior apoio e disposição de dar a assistência pedida”, afirmou Mogherini, em entrevista conjunta com o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian. O presidente francês, François Hollande, recorreu na segunda-feira (16) ao Artigo 42-7 dos tratados europeus, que prevê uma cláusula de solidariedade em caso de agressão contra um país da UE. “É um artigo que nunca tinha sido usado na história da nossa União”, disse Mogherini.
Os ministros da Defesa europeus, reunidos em Bruxelas para um conselho da UE, não chegaram a tomar uma decisão formal. Esse “apoio unânime” é “um ato político de grande amplitude”, destacou Jean-Yves Le Drian. “Vai permitir, nas próximas horas, realizar os encontros bilaterais necessários” entre a França e cada um dos Estados-Membros da UE para definir exatamente a ajuda que cada um está disposto a dar concretamente aos franceses.
“A França quer pedir apoio aos parceiros europeus na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico no Iraque e na Síria e uma participação militar acrescida dos Estados-Membros, nas operações em que o país está presente”, explicou o ministro da Defesa, de acordo com declarações da comitiva francesa à agência AFP.
Paris não pede uma assistência militar de outros países no seu território, acrescentaram as mesmas fontes, mas isso pode permitir concretizar a solidariedade testemunhada pela maioria dos parceiros europeus para intervir com mais força contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
As contribuições de outros Estados “podem ser com aviões de transporte, de abastecimento, armamentos”, disseram, o que permite “partilhar o fardo militar”, tendo em conta a intensificação das operações na Síria. A França participa de várias operações de formação e apoio da UE na África, principalmente no Mali e na República Centro-Africana, e alguns países europeus poderiam assumir esse papel do Exército.

Força Aérea francesa ataca Estado Islâmico

A Força Aérea francesa realizou ontem (17) mais um ataque contra instalações do Estado Islâmico na cidade de Raqqa, na Síria, segundo declarações de um oficial do Estado-Maior das Forças Armadas da França. De acordo com o oficial, pela segunda vez em 24 horas o Exército francês realizou um ataque contra o Daesh (nome árabe do Estado Islâmico).
O resultado do ataque à cidade de Raqqa, considerada a capital do Estado Islâmico e principal base de apoio dos terroristas, foi a eliminação de um centro de comando e de um campo de treinamento dos militantes.
O oficial francês informou ainda que o porta-aviões Charles de Gaulle se juntará em breve à luta contra o Estado Islâmico, de modo a apoiar a operação aérea francesa. O navio não será mais enviado para o Golfo Pérsico, como estava previsto, mas para o litoral do Líbano e Síria, no Mar Mediterrâneo.

“O porta-aviões Charles de Gaulle sairá para o mar amanhã (19) e em alguns dias atingirá a parte oriental do Mar Mediterrâneo, o que triplicará nossas forças”, disse o presidente da França, François Hollande, durante discurso na segunda-feira (16) no Congresso nacional. A aviação embarcada do navio inclui 26 caças, 18 aviões Rafale e 8 Super-Etendard, destacou a radioemissora Europe 1.
No seu discurso, Hollande também afirmou que, depois dos atentados em Paris, o país pretende intensificar sua operação na Síria. O primeiro ataque em massa contra as posições do Estado Islâmico em Raqqa foi realizado pela Força Aérea francesa na noite do domingo (15). Da missão participaram dez caças, que lançaram 20 bombas.

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