
A explosão ocorrida na manhã de ontem na praça de Sultanahmet, no centro histórico de Istambul, perto da Basílica Sainte-Sophie e da Mesquita Azul, na Turquia matou pelo menos 10 pessoas e feriu outras 15. Segundo declaração do presidente turco Recep Tayyip Erdogan a ação foi “um atentado suicida realizado por uma pessoa de origem síria”.
“Foi um homem bomba de origem síria que perpetrou este ato terrorista”, disse Erdogan em discurso em Ancara, adiantando que “a Turquia é o primeiro alvo de todas as organizações terroristas ativas na região”. A forte explosão ocorreu às 10h18 horário local (6h18 em Brasília) no antigo hipódromo, junto à basílica de Santa Sofia e à Mesquita Azul, os dois monumentos mais visitados na maior cidade do país.
Segundo a cadeia de informação CNN-Turquia, seis turistas alemães ficaram feridos. O Ministério dos Negócios Estrangeiros norueguês disse, por sua vez, que uma das vítimas do atentado é um cidadão da Noruega. O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, convocou uma reunião de crise em Ancara, com os principais responsáveis pelo setor de segurança do país.
O atentado em Sultanahmet ocorre em um momento em que a Turquia está em estado de alerta, após o atentado mais grave registrado no país e atribuído ao grupo radical Estado Islâmico (EI), que causou 103 mortos em outubro diante da estação central de Ancara. Durante muito tempo suspeito de complacência em relação aos rebeldes sírios, o regime turco juntou-se, no ano passado, à coligação anti-jihadista internacional e multiplicou as detenções de supostos membros do EI.
O Ministério das Relações Exteriores divulgou ontem uma nota em que o governo brasileiro manifestou sua “profunda consternação” reiterando “seu mais firme repúdio a toda e qualquer forma de terrorismo”. “Não há, até o momento, registro de vítimas brasileiras. O Consulado do Brasil em Istambul acompanha a situação de perto, com vistas a prestar o apoio cabível aos brasileiros que se encontrem naquela cidade”, diz a nota do Itamaraty.