IBGE: renda familiar menor leva mais pessoas a buscar trabalho

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A taxa de desemprego de 7,5% registrada em julho deste ano é a mais alta para o mês desde 2009
A taxa de desemprego de 7,5% registrada em julho deste ano é a mais alta para o mês desde 2009

A renda familiar menor levou maior número de pessoas a buscar emprego em julho, segundo avaliação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego de 7,5% registrada em julho deste ano é a mais alta para o mês desde 2009. No mês passado, a população desocupada, que está procurando emprego, mas não consegue, chegou a 1,8 milhão de pessoas, 662 mil a mais do que em julho do ano passado, um aumento de 56%.
O crescimento da população desocupada está mais relacionado à pressão exercida por jovens com idade entre 18 e 24 anos, explica a pesquisadora Adriana Beringuy. Segundo Adriana, no ano passado, os jovens “tinham uma participação importante na população não economicamente ativa, ou seja, [pessoas] que não estão trabalhando, nem tomando providência para conseguir trabalho”. Agora, em 2015, essas pessoas passaram a procurar trabalho e a fazer parte da população desocupada, explicou Adriana.
De acordo com a pesquisadora, o movimento dessa faixa da população em busca de emprego pode estar associado à queda da renda dos trabalhadores do país. “A redução da renda do trabalho pode trazer impacto na renda do domicílio como um todo. Se a renda do domicílio cai, começa a haver necessidade de as pessoas, que antes não faziam parte da composição do rendimento [do domicílio], procurem trabalho para suprir a necessidade de manutenção do rendimento que vem diminuindo nos últimos meses”, disse.

 

Carteira assinada cai 3,1% em um ano

Empregos com carteira assinada e o rendimento real habitual do trabalhador brasileiro registraram queda em julho deste ano, conforme pesquisa divulgada ontem pelo IBGE.
Os empregos com carteira assinada somaram, em julho, 11,3 milhões nas seis regiões metropolitanas analisadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME). De acordo com o IBGE, o número caiu 3,1% em relação a julho de 2014. Isso significa que há – no mercado de trabalho – menos 359 mil pessoas com carteira assinada.
Na comparação com junho deste ano, também houve uma queda, de 1,5%, no número de pessoas com carteira assinada. Os empregos sem carteira assinada somaram 1,98 milhão, com estabilidade tanto na comparação com junho deste ano quanto na comparação com julho de 2014.
A população ocupada total nas seis regiões metropolitanas ficou estatisticamente estável em ambas as comparações temporais, em 22,8 milhões de pessoas.
Entre os grupamentos de atividades, os postos de trabalho mantiveram-se estáveis em todos eles, na comparação com junho deste ano. Na comparação com julho do ano passado, houve quedas na oferta de postos de trabalho na indústria (-4%) e na construção (-5,2%). Os itens educação, saúde e administração pública registraram aumento de 4,2% na população ocupada.

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