Lama de barragens de Mariana chega a Colatina, no Espírito Santo

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Defesa Civil do Baixo Guandu, Linhares e Colatina percorre a calha do Rio Doce para localizar moradores e banhistas e informar da chegada da enchente de lama Foto: Fred Loureiro - Secom - ES/Divulgação
Defesa Civil do Baixo Guandu, Linhares e Colatina percorre a calha do Rio Doce para localizar moradores e banhistas e informar da chegada da enchente de lama
Foto: Fred Loureiro – Secom – ES/Divulgação

Uma onda de lama chegou ao município de Colatina, no noroeste do Espírito Santo, na madrugada de ontem. A onda passou pelo Rio Gualaxo do Norte, pelo Rio do Carmo e ao longo da calha do Rio Doce. A previsão é de que hoje chegue a Linhares. Segundo o Sistema de Alerta de Eventos Críticos (Sace), vinculado ao Serviço Geológico do Brasil, a onda de lama não causará enchentes nos municípios que estão localizados às margens do Rio Doce.
A lama é resultado do rompimento de duas barreiras de contenção de rejeitos da mineradora Samarco, que ocorreu na última quinta-feira (5) na região de Mariana (MG). O acidente destruiu o distrito de Bento Rodrigues, na zona rural do município.
Segundo o Corpo de Bombeiros, quatro mortes foram confirmadas. A última delas é a de Emanuele Vitória Fernandes, de 5 anos.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, Maria Aparecida Vieira, de 65 anos, que estava na lista de desaparecidos, foi encontrada com vida na casa de parentes. Com isso, o número de desaparecidos foi atualizado para 22, dos quais 11 são funcionários que prestavam serviço para a mineradora Samarco no momento do rompimento das barragens. Onze são moradores do distrito de Bento Rodrigues.
Mais de 600 pessoas estão desabrigadas e alojadas no ginásio da cidade e em hotéis. Os sobreviventes estão recebendo donativos, apoio médico, medicação e água. Segundo a prefeitura, mais 200 pessoas estão em casas de parentes.
O Serviço Geológico do Brasil faz o monitoramento contínuo da Bacia do Rio Doce, que abrange diversos municípios do leste de Minas Gerais e do Espírito Santo, para acompanhar a evolução da onda de lama provocada pelo rompimento das barragens. O sistema tem como objetivo alertar 15 municípios da bacia quanto ao risco de ocorrência de enchentes, sendo 12 em Minas Gerais e três no Espírito Santo.

Abalos sísmicos atingem região onde ocorreu tragédia

A região de Ouro Preto (MG) registrou ontem um abalo sísmico de 2,1 graus na escala Richter. O tremor pode ser percebido também na cidade vizinha de Mariana, onde duas barragens se romperam na quinta-feira (5).
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que o abalo não alterou a rotina de trabalho das equipes de busca e salvamento de vítimas no distrito de Bento Rodrigues, que foi atingido pela lama das barragens.
De acordo com a corporação, o pequeno tremor também não causou qualquer alteração na estrutura das barragens de Germano e Santarém. Segundos os bombeiros, a empresa Samarco Mineração, por precaução, instalou ontem três sismógrafos em pontos estratégicos das barragens.
O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) também registrou, na madrugada de ontem, dois tremores na região de Bento Rodrigues. Conforme o observatório da UnB, o primeiro tremor, de magnitude 1,5, foi registrado às 4h17. O segundo, de 1,8 graus, foi percebido pela univerisdade às 5h46.

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